Parceria entre ONG e empresa de alimentos garante cestas básicas em favelas durante pandemia

Objetivo da Gerando Falcões e a Nestlé é entregar verbas para comida e produtos de higiene pessoal para 27 mil famílias

PUBLICIDADE

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

Sessenta mil cestas básicas para ajudar dez mil famílias brasileiras que moram em favelas. Esta é a meta da ONG Gerando Falcões pelos próximos três meses - abril, maio e junho prometem ser os mais agressivos com o avanço do novo coronavírus no Brasil. Para isso, a Organização Não Governamental contará com um fundo criado pela Nestlé com seu colaboradores de todo o País. A cada R$ 1 doado por funcionário - a companhia tem 30 mil -, a companhia dará mais R$ 1. Se um trabalhador decidir dar R$ 50, a Nestlé dará mais R$ 50.

Nestlé cria fundo de doações com funcionários de todo o Brasil para combater coronavírus e dinheiro arrecadado será revertido em cestas básicas para favelas, com a distribuição pela ONG Gerando Falcões. Foto: Divulgação

PUBLICIDADE

Todo o valor arrecadado será contabilizado e repassado para a Gerando Falcões, que criou cestas básicas eletrônicas para as famílias, como conta do criador da ONG, Eduardo Lyra.

“A gente preferiu fazer de uma forma muito mais digital. Estamos entregando um vale alimentação para 27 mil famílias e vamos alimentar 120 mil pessoas nos próximos três meses. A gente vai entregar para as mulheres das famílias, que poderão comprar produtos de higiene pessoal e alimentos. Dessa forma, é muito mais seguro, evitando possíveis saques de caminhões que levariam as cestas básicas, por exemplo”, enfatiza. De imediato, a Nestlé doou 70 toneladas de alimentos para a ONG Gerando Falcões distribuir nas favelas. Com os funcionários da empresa, a campanha começou nesta quinta-feira, 2, por tempo indeterminado.

O CEO da companhia no Brasil, Marcelo Melchior, afirma que a parceria com a ONG existe desde 2018 e vai além do assistencialismo. “Quando você é só assistencialista, quando tem a primeira crise, você corta isso. Mas se você tem uma rede de relação simbiótica, não importa se o Marcelo ainda está aqui, o Edu. A coisa continua”, esclarece. O CEO da Nestlé ressalta que a empresa está mobilizada pela geração de oportunidade, de emprego e de renda, contribuindo para a transformação social de ações contínuas com a Gerando Falcões. Marcelo Melchior disse que, para o segundo semestre, a Nestlé vai atuar na formatação de novos negócios inovadores nas favelas brasileiras, mas não quis adiantar detalhes do projeto. Edu Lyra, da Gerando Falcões, conta que a ONG não é assistencialista, mas trabalha com planos de longo prazos para gerar empregabilidade e renda nas comunidades. No entanto, por causa da disseminação do novo coronavírus e o medo do intenso sofrimento com uma crise econômica nas favelas, os voluntários tiveram de se adaptar. “Por conta da questão da fome, decidimos colocar a campanha ‘Corona no paredão’. Fizemos a campanha com cinco milhões de reais e criamos a cesta básica eletrônica para a distribuição para as famílias nas comunidades. Com o apoio do fundo criado pela Nestlé,vamos expandir esse atendimento”, conclui.

Assista ao vídeo:

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.