Para Gil, o Minc é cada vez mais estratégico

O ministro da Cultural, Gilberto Gil, não entra na disputa entre as áreas social e econômica do governo federal, por mais recursos no Orçamento de 2004, porque considera sua pasta inscrita nas duas rubricas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Cultural, Gilberto Gil, não entra na disputa entre as áreas social e econômica do governo federal, por mais recursos no Orçamento de 2004, porque considera sua pasta inscrita nas duas rubricas. ?A cultura transversaliza essas questões. Tem compomentes importantes de cadeias econômicas e produtivas. Basta falar da música que tem características industriais e comerciais muito importantes?, explica Gil. ?Além disso, a cultura tem papel importante intra-governo. A educação, a ciência e tecnologia, a gestão fazendária, a administração e distribuição da Justiça são questões cultuais. Por isso, o Minc é cada vez mais estratégico.? Gil sabe, no entanto, que não atingirá em 2004 a meta de 1% do orçamento para sua pasta, mas espera chegar a ela até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Para isso, conta com apoios. ?O projeto de 1% deflagrou outros interesses que passaram e ser entendidos como entratégicos, causou a formação de bancadas da cultura no Senado e na Câmara. Esses parlamentares se mobilizam para prestigiar o ministério, de um modo geral, e trabalhar por mais recursos através da via orçamentária e vindos de outras fontes?, comemora Gil, que busca a união de forças para fortalecer sua área. ?Através das bancadas do Congresso, dos foruns de secretários estaduais de cultura, dos próprios governadores, prefeitos e outros ministérios interessados no nosso trabalho, como o da Educação, pode se pressionar o governo, no melhor sentido da palavra, a chegar ao 1% até o fim dessa gestão.? Gil deu um exemplo de como essa transversalidade funciona, servindo de intermediário entre a Agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e dois inventores de São Paulo que criaram uma máquina para vender discos usando cartões magnéticos, num esquema semelhante aos caixas eletrônicos. ?Envolvemos um projeto privado, que abrange ciência e tecnologia, negócios e cultura, pois trata-se de música, com um órgão financiador de projetos do governo?, citou Gil. ?É grande o número de parcerias que podem ser proporcionadas pelo Ministério da Cultura.?

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