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Para Cuba, filme de Michael Moore mostra humanismo do país

Documentário <i>SiCKO</i>, alvo de polêmica nos EUA, analisa sistema de saúde da ilha

Por redacao
Atualização:

O governo cubano disse nesta sexta-feira, 15, que o documentário SiCKO, de Michael Moore, sob crítica nos Estados Unidos por ter levado pacientes americanos para receber tratamento na ilha comunista, ajudará as pessoas a entenderem melhor os "princípios humanos" de seu sistema gratuito de saúde. O Departamento do Tesouro norte-americano está investigando uma visita não-autorizada feita em março por Moore a Cuba, junto com vários sobreviventes dos ataques de 11 de setembro de 2001, violando as restrições de viagem para a ilha. "Não há dúvida de que ele contribui para que o mundo conheça, através do documentário de uma personalidade como o senhor Michael Moore, os princípios profundamente humanos da sociedade cubana", disse o ministro da Saúde de Cuba, José Ramón Balaguer, em um fórum na Internet sobre a colaboração médica da ilha. Sistema de saúde Em Cuba, o atendimento médico é gratuito. A ilha tem hoje indicadores sociais comparáveis aos de Primeiro Mundo, o que o governo considera uma conquista da revolução de 1959. SiCKO, uma crítica ao sistema de saúde dos Estados Unidos, estréia na América do Norte no dia 29 de junho. Moore disse que levou a Cuba voluntários que trabalharam nas ruínas do World Trade Center, porque eles tinham tido problemas em receber atendimento em seu próprio país. Possível censura Cuba negou que sua colaboração para o documentário tenha tido intenções promocionais. "Nosso país está sempre aberto para os casos em que possam precisar dos serviços de nossa saúde pública", afirmou o ministro. Moore, diretor do filme Fahrenheit - 11 de Setembro, outra mordaz crítica ao governo dos EUA e premiado em 2005 com o Oscar, já disse temer que as autoridades confisquem o filme antes da estréia. O governo dos Estados Unidos não permite que seus cidadãos viagem sem autorização para Cuba, dentro do bloqueio comercial contra a ilha. Cuba já enviou médicos e paramédicos a mais de 70 países em desenvolvimento, muitas vezes de forma gratuita.

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