Panamco premia os melhores do teatro infantil

Cia. de Artes e Malasartes foi destaque na entrega do Prêmio Panamco no Teatro 2002, que valorizou o trabalho coletivo na arte teatral

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Por Agencia Estado
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A reafirmação do teatro como arte coletiva foi o grande saldo da noite de entrega do Prêmio Panamco no Teatro 2002. No palco da nova Tom Brasil, local da festa de premiação na noite de anteontem, não raro o troféu da Panamco foi segurado a um só tempo por várias mãos, integrantes de companhias que celebraram juntos o reconhecimento por seu trabalho. E mesmo os que subiram sozinhos - em premiações como ator e atriz - fizeram questão de creditar à contribuição coletiva dos integrantes de suas companhias o brilho de suas interpretações. Uma equipe de criação há muito unida em torno do mesmo projeto - a comédia popular brasileira. Assim é a Cia. de Artes e Malasartes, a grande premiada da noite, que levou quatro dos prêmios mais importantes pela montagem de O Auto da Paixão e da Alegria: Luiz Alberto de Abreu como autor; Ednaldo Freire pela direção; Luti Angelelli o de ator; e, também, o troféu de melhor espetáculo jovem. "Foi uma surpresa já que não tivemos a intenção de criar um espetáculo voltado especificamente ao público jovem. Ficamos felizes pelo reconhecimento de que o bom teatro não tem tantas fronteiras", disse Freire. Numa das mesas mais animadas da Tom Brasil era contagiante a alegria dos integrantes da trupe responsável pela criação de Por Que o Mar tanto Chora, segundo espetáculo mais premiado da noite. Silvana Marcondes recebera o troféu pelos figurinos, criados em parceria com Tina. Simone Grande o de melhor atriz. E todos da trupe subiram juntos ao palco para receber o importante prêmio de melhor espetáculo infantil. Outra companhia, com muita estrada e trabalho de qualidade, a Trucks dirigida por Henrique Sitchin, lotou o palco para receber o prêmio de cenografia pelo espetáculo Vovô, ainda em cartaz na Biblioteca Monteiro Lobato, sede da trupe. Bem no espírito da noite, a cenografia de Vovô é assinada por um coletivo - Sitchin, Verônica Gerchman, Marli Hatum, Claudemir Santana, Cássia Domingues e Sandra Lessa. Também uma "galera" ocupou o palco para representar o Teatro Brasileiro de Comédia, vencedor do prêmio de produção por A Borboleta sem Asas. A montagem venceu ainda na categoria melhor música, premiando Ricardo Brunelli (música) e Marcos Okura (letra). Fezu Duarte, produtora do TBC, que deixou a direção da casa ano passado, falou emocionada sobre a história da casa, desde sua criação pelo empresário Franco Zampari até a criação da Cia. de Repertório do TBC, responsável por montagens infantis premiadas. Profissional de longa experiência, o iluminador Guilherme Bonfanti recebeu o troféu por Utopia, Terra de Dragões. Tadeu Knudsen, vencedor na categoria revelação, subiu com suas filhas ao palco para receber o prêmio pela ilustração de cenário do espetáculo As Roupas do Rei. Presente à festa, mas com dificuldade de locomoção, Gianni Ratto foi representado no palco por sua mulher Vaner Ratto. Ele venceu na categoria especial, pela curadoria do Projeto de Formação de Público da Secretaria Municipal de Cultura.

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