27 de abril de 2013 | 11h24
Há quase duas décadas, o repertório musical infantil ganhou novos rumos. Um Rato declarou-se à Lua, os ingredientes da sopa viraram história e a memória do Brasil antes de Cabral ganhou a real importância. As mudanças foram promovidas pelos amigos Sandra Peres e Paulo Tatit, do genial Palavra Cantada, que estreia o show Aventuras Musicais, amanhã (28), às 17 horas, no HSBC Brasil.
O musical inclui uma técnica moderna de projeção de imagens que dará ao público a ideia de interação entre projeções e músicos. Marília Toledo, experiente diretora teatral, será responsável por juntar todos os elementos - como fez no espetáculo Peixonauta.
Mas as novidades não param aí. Sandra e Paulo interpretam faixas como Leãozinho, de Caetano Veloso, e se rendem ao licenciamento de produtos, caso dos bonecos Sandreca e Pauleco, ilustrados por Laurent Cardon, que em breve vão virar brinquedos.
Paulo Tatit conta mais:
Nesta turnê vocês inovam com os cenários interativos. O que podemos esperar?
É uma experiência nova, que recorre à boa qualidade das projeções. É um recurso que estamos começando a usar para tornar o show mais lúdico, mais brincante. Na música O Rato, por exemplo, vamos brincar com entidades, como a Lua, a Brisa e a Parede, que aparecem representados. Na faixa do leãozinho, vamos dançar com o bicho. Quando a caveirinha estiver dançando em cima, estaremos dançando embaixo. A ideia é fazer as coisas aparecerem e desaparecem em mais ou menos oito músicas. Palco e tela são um complemento um do outro. É supersincronizado.
Como nasceram Sandreca e Pauleco?
Há uns dois anos, no logotipo. E várias pessoas ligadas ao mercado falaram que deveríamos licenciar produtos. Com o download, ficamos cada vez mais conhecidos e vendemos cada vez menos CDs. É um contrassenso da época. Então vamos complementar nossos ganhos com licenciamentos, para que os bonecos se tornem uma marca dinâmica. Queremos fazer também camisetas, copos, pratos - a ideia é estampar várias coisas. É o jeito, com tanto que saiam produtos bonitinhos e bacanas.
Como surgiu a ideia de incluir músicas como Leãozinho, do Caetano Veloso, e Vira, do Secos & Molhados, no repertório?
Há muito tempo tínhamos a ideia de interpretar músicas com apelo infantil, embora não sejam originalmente feitas para crianças. O Vira foi feita para adultos, mas tem pegada infantil. E vamos tentar fazer isso com outras músicas também. Queremos fazer um disco só com essas interpretações, como A Banda do Zé Pretinho, do Jorge Ben Jor, e alguma do Gilberto Gil, da Rita Lee. Estamos estudando.
Você tem duas filhas, certo?
A Lua, de 30 anos, que fez parte do Coro das Primas, e seguiu carreira de dançarina. E a Luiza, de 5 anos.
Qual sua música preferida do Palavra Cantada?
Ah, vai mudando, né? O Rato é uma música pela qual tenho grande carinho. É bem bolada. Pé de Nabo tem uma letra completamente inusitada, bem-humorada.
E a música preferida da Luiza?
Olha, esta semana, posso dizer que é Mamãe Tamo Chegando?, do segundo disco do Pequeno Cidadão. Não tenho certeza do nome, pois a capa do disco está no carro.
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