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Ovo de Fabergé é leiloado por US$18,5 milhões em Londres

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Por Redação
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Um ovo de Fabergé, cuja existência ainda não tinha sido registrada, foi arrematado por 9 milhões de libras (18,5 milhões de dólares) na quarta-feira, marcando um recorde em leilões para trabalhos do joalheiro, para qualquer objeto de arte russo e para qualquer espécie de relógio. O ovo cor-de-rosa translúcido contém um relógio e um galo animado e nunca tinha sido visto em público até ser anunciado o leilão. Um porta-voz da Christie's disse que o público presente na sala de leilões irrompeu em aplausos quando o leiloeiro bateu o martelo. A peça, que não tinha sido documentada publicamente, foi criada em 1902 para a família Rothschild e foi adquirida por um comprador russo anônimo. Anthony Philips, um dos diretores da Christie's, disse que o ovo é "uma das melhores das grandes criações de Fabergé". Os ovos de Fabergé viraram sinônimo de luxo e opulência desde que, em 1885, o czar Alexandre 3o da Rússia encomendou do jovem joalheiro um ovo para dar de presente a sua esposa Maria. De acordo com especialistas, existem apenas dois outros ovos de Fabergé conhecidos que têm um relógio e um autômato. Neste caso, o autômato tem a forma de um galo cravado de diamantes que de hora em hora se levanta, bate as asas, mexe a cabeça, abre e fecha o bico e canta. O recorde anterior em leilões para objetos de arte russos, não incluindo pinturas, foi de 6,6 milhões de libras, marcado pelo Ovo de Inverno de Fabergé na Christie's, de Nova York, em abril de 2002. A maioria dos ovos de Fabergé foi feita para o czar e sua família, mas alguns foram encomendados por colecionadores ricos. O czar Alexandre encomendou de Fabergé um ovo por ano, e seu filho, o czar Nicolau 2o, pediu dois por ano -- um para sua esposa e outro para sua mãe. A tradição chegou ao fim em 1917, quando Nicolau foi forçado a abdicar e ele e sua família foram executados pelos bolcheviques. Até esse ano já tinham sido criados 50 dos ovos de Páscoa imperiais, mas nem todos sobreviveram.

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