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Os planos da Wiley para o Brasil

Por MARIAF.RODRIGUES@GRUPOESTADO.COM.BR
Atualização:

MARIA FERNANDA RODRIGUESA americana Wiley levou 18 meses pesquisando a economia e o mercado editorial brasileiros antes de abrir escritório em São Paulo, que começa a operar na próxima semana, na Vila Olímpia, e pretende ter, até o fim do ano, cinco funcionários. Já tem um: Hegel Braga, ex-diretor de marketing da 20th Century Fox Home. Com faturamento anual de US$ 2 bilhões e valor de mercado na casa dos US$ 3 bilhões, o grupo ocupava em 2011 a 13.ª posição do ranking global das editoras. Em seu segmento, o CTP (científico, técnico e profissional) está entre as cinco maiores. A Wiley já atuava no Brasil em conjunto com outras editoras, que distribuíam seus livros físicos. Quer agora focar no digital e ampliar parcerias como a que tem com a Capes, que permite o acesso de seus pesquisadores a todo o conteúdo do grupo. Braga credita a vinda da Wiley, que anunciou em 2011 a venda de diversos selos, ao bom momento do País. "O setor de educação está recebendo muitos incentivos. A população está interessada em educação continuada e em ter certificações. Não poderia ser melhor." Além de trazer seu conteúdo estrangeiro e traduzi-lo conforme a demanda, o diretor diz que trabalhos de brasileiros também passarão a constar do Wiley Plus, seu banco de dados digital internacional.E-BOOKDebut digitalEnquanto o livro digital começa a dar tímidos retornos financeiros para algumas editoras, para outras ainda é novidade. A Paz e Terra apresenta em junho seus primeiros 30 e-books e a estreia será com 18 títulos de Paulo Freire. Já o grupo Santillana terá, até o fim do semestre, 300 e-books dos selos Moderna, Salamandra e Id e 15 aplicativos de livros infantis da Moderna. MARKETINGAposta altaA Record está apostando pelo menos R$ 100 mil no livro Encantador de Vidas, em que o banqueiro Eduardo Moreira conta sua história de superação, após dois acidentes, apoiada nos métodos de Monty Roberts, treinador de cavalo, e de Nuno Cobra, de atletas. Esse é o preço da campanha publicitária, que terá até comercial na TV Globo. CINEMATudo sobre PsicoseA história verídica do crime que inspirou o clássico Psicose, além de detalhes sobre os bastidores da produção e entrevistas com os envolvidos estarão em Alfred Hitchcock and the Making of Psycho, de Stephen Rebello. A obra, que deu origem ao filme e terá Anthony Hopkins no papel do cineasta e Scarlett Johansson como Janet Leigh (foto), chega aqui em 2013 pela Intrínseca.PRÊMIO I Finalistas do OrangeDos seis livros finalistas do Orange Prize, exclusivo para mulheres, quatro já têm editora no Brasil. A Objetiva lança The Forgotten, da irlandesa Anne Enright, de quem já publicou O Encontro. Sai pela Intrínseca o sexto romance da americana Ann Patchett: State of Wonder. Pela Companhia das Letras, Foreign Bodies, de Cynthia Ozick. E o grupo Pensamento edita The Song of Achilles, de Madeline Miller.PRÊMIO II O mais rentávelO Prêmio São Paulo de Literatura, que paga R$ 200 mil ao autores dos melhores livros na categoria estreante e veterano, o maior valor entre os prêmios brasileiros, contabilizava, até quinta-feira, 141 inscrições. Editoras e autores têm mais quatro dias para superar as 221 inscrições de 2011.HISTÓRIAMeu querido ditadorSai em junho, pela Nova Fronteira, As Mulheres dos Ditadores, livro da belga Diane Ducret que causou polêmica em Portugal e fez a Leya recolher os exemplares após denúncia de plágio em texto sobre Salazar. A autora trata dos amores dele, de Lenin, Mussolini, Stalin, Hitler, Mao, Ceausescu, Bokassa e Franco.INTERNETLeituras Sabáticas com AmâncioProfessor de literatura hebraica na USP, jornalista e escritor, Moacir Amâncio lê um conto e um poema de sua autoria no Leituras Sabáticas - parceria deste caderno com a TV Estadão - que vai ao ar hoje. Veja em: estadão.com.br/e/moacir

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