27 de agosto de 2010 | 11h02
Com apresentação para convidados marcada para amanhã, e estreia para o público a partir de domingo, a peça é um dos textos mais cômicos do cineasta de "Segredos e Mentiras". Foi escrita em 1988 e marca uma incursão do dramaturgo por dois gêneros clássicos: o vaudeville e a farsa. "Na verdade, a peça é uma paródia de tudo isso", explica Vedia. "Mike Leigh parte de uma situação pretensamente simples, da comédia mais rasteira, para tratar de conflitos ideológicos profundos."
Conflitos que surgem no alvorecer da sociedade de consumo, durante os anos 1980. Na Inglaterra, durante a era Thatcher, alguns operários ascendem socialmente, cria-se uma classe de novos-ricos. Enquanto isso, o velho proletariado, que permaneceu estático em seu lugar, assiste deslumbrado a tudo aquilo que o dinheiro pode comprar e que lhes será sempre negado.
Assim como nas obras anteriores de Leigh, o mote não poderia ser mais prosaico: um empregado de uma empresa de dedetização resolve invadir a casa do patrão durante as festas de fim de ano. Não contava com o retorno do chefe, que resolvera voltar antes da hora da estação de golfe, nem com o aparecimento súbito de seu filho, que roubara as chaves de casa para um encontro furtivo com a namorada. A situação serve para disparar uma série de encontros e desencontros, com direito a muitas entradas e saídas de dentro dos armários, como em uma ligeira comédia de variedades francesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os Penetras - Teatro Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71). Tel. (011) 3255-4380. 6ª, 21h30; sáb., 21 h; dom., 19 h. R$ 50/R$ 60. Até 28/11.
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