
27 de abril de 2018 | 18h47
Encerrada na quinta, 26, a 45a edição da São Paulo Fashion Week promete ser a última do evento tal como ele foi nas últimas décadas. Com um novo acionista majoritário, o grupo IMM, o evento tende a se conectar de maneira mais ativa com o mercado de entretenimento. “O mundo hoje é transversal. Quem gosta de moda, não gosta só de roupa. Gosta de arquitetura, de música, de gastronomia, de design. A moda é um espírito, a roupa é a coluna vertebral”, afirma o fundador do evento Paulo Borges.
É justamente esse eixo principal o que mais surpreendeu nesta temporada de estações embaralhadas (com coleções do inverno e verão). “A edição foi bem mais robusta e muito melhor do que as duas últimas!”, avalia a consultora Gloria Kalil. “Os grandes nomes se esforçaram, os veteranos deram um show, brilharam, e alguns dos mais novos também tiveram uma presença forte.”
Os dez melhores desta estação foram Gloria Coelho, Lenny Niemeyer, Osklen, Reinaldo Lourenço e Ronaldo Fraga, nomes consagrados, além das marcas Apartamento 03, A.Niemeyer, Amapô, Fernanda Yamamoto e Handred, com menos tempo de estrada. Confira as seus principais tendências da temporada abaixo.
Uniforme urbano
Território tradicional por excelência, a alfaiataria ganha contornos modernos em looks sofisticados, como este do estilista Reinaldo Lourenço.
Roupas com propósito.
Coleções engajadas em causas sociais e ecologia estão em alta. É o caso da coleção sustentável da Osklen, além das de Ronaldo Fraga, Uma e do projeto Ponto Firme.
Artesanias.
A cultura popular e artesanato ganham status de luxo em roupas feitas a mão, com diferentes técnicas. Aqui, a versão futurista de Gloria Coelho.
Tropical.
Indo além dos clichês, as interpretações Brasil mais interessantes trazem referências dos recônditos do País, como fizeram os estilistas Ronaldo Fraga e Lenny Niemeyer.
Segunda pele.
Gostoso, fresco, elegante, o linho reina absoluto em alfaiatarias leves e em looks monocromáticos, como este da marca carioca Handred.
Vale tudo.
Ombreiras, cores néon e a extravagância dos anos 80 voltaram, como mostra a coleção da Amapô, em seu desfile cheio de irreverência e provocação.
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