28 de junho de 2013 | 12h14
Javier Cámara, Carlos Areces e Raúl Arévalo integram a tripulação. Antonio Banderas e Penélope Cruz são alguns dos passageiros. De Almodóvar, o cinéfilo sempre espera o máximo, mas desta vez é bom refrear a expectativa. O grande autor espanhol apresenta seu filme talvez mais decepcionante, embora eventualmente divertido. Pode-se dar boas risadas com as indiscrições dos personagens de Os Amantes Passageiros, mas não muito mais que isso. Se a intenção do diretor era criar uma metáfora sobre a Espanha em crise, e tudo indica que sim, só com muita boa vontade o espectador vai viajar nessa dimensão mais "política" e "social" do filme.
É um Almodóvar menor, em crise de criatividade. Já houve momentos assim na trajetória do cineasta, valendo lembrar Kika, que mais parece ou oferece uma paródia das obsessões do autor. Anteriormente, Almodóvar superou essas más fases emergindo com grandes filmes como Carne Trêmula ou Tudo Sobre Minha Mãe. Não há por que duvidar que ele consiga se superar, mais uma vez. O começo até que é bom, ou melhor, ótimo. É impossível não rir com dois atores almodovarianos de carteirinha - Banderas e a bela Penélope. Os problemas começam a surgir em seguida, como se Almodóvar, grande roteirista - ganhou o Oscar da categoria -, tivesse perdido o rumo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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