
28 de dezembro de 2010 | 12h08
A transmissão faz parte do projeto Met Live in HD, que nos últimos três anos movimentou o mundo lírico. A ideia é simples: ao longo da temporada, alguns espetáculos são transmitidos ao vivo para cinemas, multiplicando o público numa época em que teatros de ópera anseiam por maior espaço no cenário cultural. No Brasil, as transmissões já duram pouco mais de um ano, pelas mãos da LiveMobz, braço da Mobz especializado na exibição ao vivo nos cinemas de shows de rock, óperas e balés. "Don Carlo", excepcionalmente, não foi transmitido ao vivo e chega hoje a 24 salas da rede Cinemark de 12 cidades do País. Em janeiro, as transmissões voltam a ser geradas diretamente do Metropolitan, com "La Fanciulla del West", de Puccini - e entre os destaques do primeiro semestre estão ainda óperas como "A Valquíria", de Richard Wagner.
"As transmissões mudam muita coisa", diz Furlanetto, um dos principais cantores líricos da atualidade. "O risco da apresentação é muito maior, precisamos estar sempre prontos para uma grande performance ao vivo em um mundo de espetáculos acostumado à segurança do playback." Mas há algo maior em jogo, como sugeriu o diretor do Metropolitan, Peter Gelb, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no começo do ano: a transmissão de certa forma é um passo adiante na redefinição da linguagem do espetáculo operístico, afinal, com tomadas arrojadas e apostas em closes, aproxima o espectador do que acontece no palco e exige maior cuidado na interpretação.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.