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Ópera marca início de nova direção no Municipal do Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

A montagem de Madame Butterfly, que estréia amanhã no Municipal do Rio substitui a ópera La Gioconda, cancelada no início de junho, e é a primeira da nova direção, encabeçada pelo secretário de Estado da Cultura e presidente da fundação que mantém o teatro, Antonio Grassi. A Gioconda seria apresentada também no Municipal de São Paulo. O Rio não sabe precisar quanto custaria a Gioconda, mas com a Butterfly serão gastos R$ 600 mil. São Paulo optou por também apresentar a Butterfly, mas, segundo a direção do Municipal paulistano, financeiramente as coisas não mudaram muito: serão gastos os mesmos R$ 350 mil, referentes a cachês de elenco e diretora cênica. O corte de gastos foi uma das explicações dadas por Grassi para as alterações na programação (as óperas Fosca e Cenerentola também foram canceladas, e serão substituídas possivelmente pela produção paulistana de João e Maria). Além dessas mudanças, Grassi - ao lado do maestro Sílvio Barbato que se tornou diretor musical do teatro - também cancelou todos os contratos estabelecidos com artistas estrangeiros - maestros, diretores e cantores. Outra mudança pela qual passou o teatro foi a saída do maestro Luiz Fernando Malheiro do posto de diretor musical convidado. Malheiro, atual diretor do Teatro Amazonas, deu declarações na época criticando Grassi, em especial o cancelamento dos contratos, atitude que ele classificou com "irresponsável". Em contrapartida, Grassi procurou ressaltar que, parte integrante da Secretaria de Estado da Cultura, o Teatro Municipal precisava adequar-se à complicada realidade orçamentária do governo. Em São Paulo, a produção deve estrear no dia 19, sob regência de Ira Levin. Eliane Coelho também vai interpretar o papel-título, só que com o tenor Andrej Lantsov ao seu lado, como Pinkerton. O restante do elenco é formado por Bernadett Wiedemann, Pepes do Vale, Ron Peo, Daniel di Carli, Sergio Weintraub, Sandro Bodilon, Jang Ho Joo e Joaquim Rollemberg.

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