PUBLICIDADE

Onze se candidatam à vaga de Jorge Amado na ABL

Por Agencia Estado
Atualização:

O prazo de inscrição para a cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que era ocupada pelo escritor baiano Jorge Amado, foi encerrado com a composição de uma lista de 11 nomes. Os dois candidatos mais fortes, no entanto, são a escritora Zélia Gattai, viúva de Amado, e o jornalista Joel Silveira. Durante 60 dias será realizado o processo eleitoral. A votação acontecerá no dia 7 de dezembro. Muitos dão como certa a escolha de Zélia Gattai para a cadeira que também pertenceu ao fundador da Academia, Machado de Assis. Jorge Amado, que faleceu no dia 6 de agosto deste ano, foi eleito para a ABL no dia 6 de abril de 1961, sucedendo Otávio Mangabeira. O patrono da cadeira em disputa é o escritor romântico José de Alencar. Por conta da tradição da casa, os imortais costumam mandar cartas de apoio aos seus escolhidos, e o fazem enviando correspondência para o candidato ou para a ABL. Zélia confirmou que teria recebido "mais de dez" cartas. Há informações, porém de que, no total, ela já teria conquistado entre 22 (segundo a oposição) e 28 (para os aliados) votos. Joel Silveira, segundo previsões de alguns imortais, ficaria com 10 ou 15 votos. O jornalista, porém, acha que terá cinco ou seis votos, que deve receber dos "amigos". Zélia é autora de 12 livros, entre eles Anarquistas, Graças a Deus (1979), Um Chapéu para Viagem (1982), Jardim de Inverno (1988), e O Segredo da Rua 18 (1991). Ela teve dois filhos com Jorge Amado: o sociólogo João Jorge e a psicóloga Paloma. Zélia disse que não pretende pedir votos e nem vem ao Rio fazer campanha. Ela pretende ficar na Bahia até as eleições. Os outros candidatos são Ieda Otaviano, Jeff Thomas, Waldemar Claudio dos Santos, Marcelo Henrique Diógenes Magalhães, Rachel da Gama Sampaio, Eliane Ganem, Elisa Antunes, Cid Paulo Ferreira e Fernão Avelino. Terminadas as eleições para a cadeira 23, serão realizadas as eleições para a presidência da Academia. O atual dirigente da instituição, Tarcísio Padilha, não pode se reeleger porque está no seu segundo mandato. O nome mais forte para substituí-lo é de Alberto da Costa e Silva, que atualmente ocupa a vaga de primeiro-secretário.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.