ONGs promovem manifestações contra "América"

Em São Paulo, protesto será no vão livre do Masp. Ativistas criticam trama por ter núcleo ligado ao universo dos rodeios

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Por Agencia Estado
Atualização:

Organizações de proteção aos animais vão realizar, nesta quinta-feira, uma série de manifestações contra a novela das nove da Globo, América, escrita por Glória Perez, em oito capitais brasileiras. Os ambientalistas criticam a trama por ter um núcleo central ligado ao universo dos rodeios - o protagonista, Tião, papel de Murilo Benício, é um peão. Essas organizações protestam contra o sofrimento imposto aos animais durante os rodeios. Em São Paulo, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, as entidades a ele afiliadas e demais grupos de defesa e bem-estar animal de todo o Brasil vão protestar no dia 7, a partir das 19 horas, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Outros movimentos devem ocorrer no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Curitiba e Florianópolis. Liderado pela ONG World Society for the Protection of Animals, com sede em Londres, os manifestantes querem que Glória pare de usar rodeios na trama. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais determina que nenhum animal pode ser usado para a diversão humana. Antes mesmo da estréia da novela, Glória Perez sofreu ataques via internet de militantes de ONGs de proteção aos animais. Internautas enviaram ameaças - cerca de 8 mil mensagens - à autora em sua página no site de relacionamentos Orkut. Muitas das mensagens traziam imagens do corpo de sua filha, a atriz Daniella Perez, que foi assassinada em 1992. A militância em prol dos animais seria defendida pelos personagens de Gabriela Duarte (a veterinária Simone), de Caco Ciocler (o intelectual Ed) e de Raul Gazolla (o advogado Helinho), na novela. Depois dos incidentes, Glória decidiu cortar a participação de militantes do enredo de América. "Não vamos penalizar os animais", explica a autora, que manterá o tema na novela e a trajetória desses três personagens, sem diminuir seus papéis, mas sem a militância.

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