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Olinda: muito além dos frevos rasgados

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Da Áustria, veio o quarteto de cordas Hugo Wolf. Dos Estados Unidos, o pianista McCoy Tyner e o guitarrista Mike Stern. Os músicos brasileiros Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Léo Gandelman e Dado Villa-Lobos também estão por lá. Todos os caminhos levam ao Nordeste de hoje ao dia 7, quando será realizada a 7.ª edição da Mostra Internacional de Música em Olinda (Mimo).Ela está cada vez maior e este ano ampliou seus tentáculos no Recife e em João Pessoa, na Paraíba. E passa a viver não só de música, mas também de cinema - o festival dentro do festival, que era pequenininho e agora conta com 28 filmes com a música como temática central, tem na programação, entre outros, os documentários Continuação, de Rodrigo Pinto, que acompanha o processo criativo de Lenine, e A Maldita, de Tetê Mattos, sobre a extinta rádio carioca Fluminense FM, considerada a primeira do Brasil voltada ao rock.Músicos são 500; concertos, 37, espalhados por 18 locações. Tudo é gratuito. O público esperado é de 100 mil pessoas, nas três cidades. A maioria é gente local, mas os turistas também comparecem (todos os hotéis e pousadas de Olinda estão lotados, segundo a produtora responsável pela organização e pela curadoria, Lu Araujo).Mesclar o erudito e o popular é a meta. Se o pianista da Martinica Mario Canonge vem mostrar sua mistura de jazz com ritmos das Antilhas, a harpista carioca Cristina Braga prova que seu instrumento pode estar a serviço também da música que não é de concerto. Estão programadas ainda uma celebração dos 200 anos de Schumann e o show retrospectivo de Tom Zé, O Pirulito da Ciência. A Orquestra Contemporânea de Olinda faz as honras da casa. A lista das atrações está em www.mimo.art.br.

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