Obras especiais estarão expostas em espaços além do Pavilhão do Ibirapuera

Para curador, 'Bienal precisa da cidade'; veja o mapa completo da exposição

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Por Camila Molina
Atualização:

"Há uma posição demagógica que diz que a cidade precisa da Bienal. Sejamos realistas: a Bienal é que precisa da cidade", diz o curador da 30.ª edição do evento, o venezuelano Luis Pérez-Oramas. Quando convidado a realizar a concepção da mostra, Oramas afirmou que fazer o diálogo entre a exposição no Pavilhão do Ibirapuera, "enorme, emblemático do projeto moderno, lindo e complicadíssimo", com a metrópole seria fundamental. Não é possível ocupar uma cidade como São Paulo - tão "complexa e com um tecido antropológico inimaginável" e tão diferente de Veneza e Kassel, como diz Oramas. Mas a 30.ª Bienal espalha-se, sim, pela cidade, com obras especiais a serem apresentadas em instituições e localidades para além do Ibirapuera.No Masp, por exemplo, a pintora alemã Jutta Koether exibe, em meio a uma das mostras permanentes do acervo do museu, três pinturas que dialogam com o quadro Himeneu Travestido Assistindo a uma Dança em Honra a Príapo (1634-1638), do pintor francês Nicolas Poussin. "Jutta se interessa por Poussin há vários anos, já fez remakes de pinturas dele em vários lugares do mundo. Conhecemos a obra dela através desse entusiasmo pelo pintor e o Masp, conhecido, tem essa pintura dele emblemática, restaurada", conta Tobi Maier, curador associado da 30.ª Bienal. No Masp, ainda, o artista espanhol Benet Rossell exibe um filme dos anos 1970 feito em Paris. A mostra da Bienal no museu será inaugurada na terça-feira. Clique na imagem para ampliar:  

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