
20 de dezembro de 2010 | 00h00
No início de 56, antes de seguirem para os EUA, os painéis, que somam 280 m², provocaram uma corrida ao teatro: os cariocas queriam conferir o presente do governo brasileiro à ONU. Agora, espera-se o mesmo. Não são só a monumentalidade e força das imagens de desespero, em Guerra, e de esperança, em Paz, impressionam, mas também a história da pintura. Portinari (1903-1962) já sofria efeitos da intoxicação por tintas que o mataria, teve de trabalhar num galpão de Botafogo sob temperatura de 40ºC. Ao ver as obras sendo desencaixotadas no Municipal, João Cândido, que, adolescente, acompanhou o trabalho do pai, relembrava: "Ele desobedeceu às ordens médicas porque era a maior oportunidade de mostrar sua mensagem de paz. Estou muito emocionado."
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