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Obra de Antonio Maluf será toda catalogada

Produção do concretista paulista, que participa das duas mostras, passa por fase de levantamento

Por Agencia Estado
Atualização:

Antonio Maluf (1926-2005) é certamente sempre lembrado por ser o criador do cartaz da 1.ª Bienal de São Paulo, em 1951. Mas sua obra foi muito além disso. Maluf está presente tanto na exposição da Dan Galeria quanto na do Museu de Arte Moderna de São Paulo - e vale já destacar que toda a fachada de vidro do MAM está tomada pela reprodução de uma das padronagens criadas pelo artista para o Banco Noroeste, do início da década de 1960. O curador André Stolarski destaca a relação de arte concreta e arquitetura e espaço urbano a partir de Maluf e de Athos Bulcão, que ´trabalharam especificamente com murais, ativando planos arquitetônicos visivelmente inertes´. Essa é uma faceta. Mas há também no MAM um dos famosos padrões de Maluf para tecido da Rhodia. E há na Dan Galeria, além de outras obras, uma versão rara, em vermelho e azul, do cartaz da 1.ª Bienal de São Paulo, distintos exemplos da produção desse concretista paulista que não foi integrante do Grupo Ruptura. ´Ele era um contemporâneo, mas sua obra foi simultânea´, diz Thiago Maluf, um dos filhos do artista. Thiago Maluf é advogado, mas dedica suas sextas-feiras aos projetos em torno de seu pai. O primeiro deles é a catalogação completa da obra de Antonio Maluf, empreitada coordenada pela pesquisadora Mayra Laudanna, que vai render uma ampla publicação e uma grande mostra, ambas sem data definida, mas provavelmente para o próximo ano. ´Estamos na fase inicial, trabalhando há quatro meses´, conta Thiago. Até agora já foram levantadas cerca de 730 obras do artista, entre acrílicos e desenhos (a maioria), cartazes e até esculturas (todas em pequena escala, da década de 1990, nunca comercializadas). ´Muitas das obras eu não conhecia´, diz Thiago, que indica o e-mail contato@galeriaseta.com.br para interessados. E há ainda mais novidades. Para uma extensa exposição de arte latino-americana programada para março de 2007 no Museu Reina Sofia de Madri, Antonio Maluf foi escolhido o único representante do concretismo brasileiro.

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