Obra de Alberto Giacometti é a mais cara já leiloada

Escultura em bronze 'L'Homme Qui Marche I' é vendida por US$ 104,3 mi e supera recorde de 2004

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Por Camila Molina de O Estado de S. Paulo e com Reuters
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A escultura em bronze "L'Homme Qui Marche I "(O homem caminhando I), do artista suíço Alberto Giacometti (1901-1966), bateu na quarta, 3, o preço recorde de obra de arte vendida em leilão em evento realizado na casa Sotheby"s, em Londres.  Na temporada de leilões, a casa Christie's de Londres colocou à venda obras de Picasso, Matisse, Gustav Klimt, Paul Cézanne e Natalia Gontcharova.

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A peça do escultor foi arrematada por US$ 104,3 milhões (cerca de R$ 190 milhões), ultrapassando, assim, o recorde anterior ocorreu em 2004, com a venda do quadro "Garçon a la Pipe" (Menino com Cachimbo), de Pablo Picasso, por US$ 104,2 milhões em leilão em Nova York.

"L'Homme Qui Marche I" é uma peça emblemática de Giacometti, nome fundamental da arte moderna, que deixou sua marca com suas esculturas finas e alongadas em bronze representando figuras de homens e mulheres solitários. Os formatos das peças mais importantes do artista, realizadas entre 1947 e sua morte, variam da miniatura à escala humana (por vezes, ainda, são maiores que o natural).

A escultura vendida pela Sotheby"s, que pertencia ao banco alemão Commerzbank AG, está em tamanho natural. O Commerzbank AG ficou com a escultura quando comprou o banco Dresdner, em 2009.

A obra, datada de 1961, foi vendida, de acordo com a casa de leilões, em apenas oito minutos. O comprador, que a adquiriu por telefone, não foi revelado. Sua estimativa inicial era um valor quatro vezes menor. No mesmo leilão de arte moderna da Sotheby"s, a pintura "Kirche in Cassone", do austríaco Gustav Klimt (1862-1918), também foi destaque, chegando ao preço de US$ 43,2 milhões (cerca de R$ 78 milhões).

Influências

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Filho do pintor impressionista Giovanni Giacometti, Alberto Giacometti, nascido em Borgonovo (na região italiana da Suíça), teve primeiro sua formação em Genebra, mudando-se em 1923 para Paris. Na França, o pintor e escultor sofreu a influência de artistas dos grupos cubista e surrealista.A princípio, começou a criar esculturas de raízes desses dois movimentos e também com referência à arte primitiva africana, até chegar, no fim da década de 1940, às formas alongadas e delgadas (também de animais) pelas quais ficou reconhecido.

 

A peça foi arrematada por US$ 104,3 milhões (cerca de R$ 190 milhões), ultrapassando o recorde  de 2004 do quadro "Garçon a la Pipe" (Menino com Cachimbo), de Pablo Picasso. Foto: EFE

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