'Oberösterreich mudou minha trajetória'

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Por Antonio Araújo
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DEPOIMENTODiretor teatralConheci o Leonardo enquanto ele ainda cursava direção teatral na ECA/USP. Fui orientador de um exercício que ele fez a partir da peça Hanjo, do Mishima. Ele tem senso plástico e cuidado visual bastante acentuados, além de ser dedicado e comprometido com o que faz. Quanto a Oberösterreich, é uma peça difícil de falar sem me emocionar. Foi por causa da montagem desse texto que resolvi trabalhar como diretor. Ele é um "texto de passagem", um "texto-umbral" na minha trajetória. Até aquele momento eu já havia experimentado muita coisa em teatro - crítica, dramaturgia, interpretação, teoria, direção. Porém, foi após a estreia de Oberösterreich, no Tusp, que me decidi pela direção. Tenho até uma sensação interna, afetiva, de que é a melhor direção que já fiz. Além disso, como a Cibele Forjaz não podia fazer a luz da peça naquele momento, ela me indicou outra pessoa - que estava começando a fazer iluminação - e veio a se tornar meu maior parceiro artístico no Vertigem, o Guilherme Bonfanti. Oberösterreich me trouxe algumas "iluminações" pra vida toda.

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