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O ''Show-Filme'' de André Abujamra

Por Roberto Nascimento
Atualização:

A mistura de influências globais é uma constante na carreira-solo de André Abujamra. Seus dois últimos discos são uma grande sopa étnica em que ritmos e timbres dos mais variados são misturados sem escrúpulo. "Eu não misturo porque quero ser diferente. Eu misturo porque sou misturado mesmo dentro da minha cabeça", disse em entrevista ao Estado.Seu mais recente disco, Mafaro, cujo show de lançamento ocorre de sexta-feira a domingo no Auditório Ibirapuera, não foge da receita. Após uma viagem a Praga, o músico fez escala no Maranhão e foi parar no Zimbábue, onde teve a ideia de fazer um disco inspirado na intensidade com que o povo do país consegue se divertir, mesmo com fome e debaixo da repressão de uma brutal ditadura. Como garante seu sustento fazendo música para filmes, Abujamra concebeu para o show uma espécie de longa-metragem que será acompanhado por sua banda. Ele afirma que não se trata de um mero videoclipe, mas de uma narrativa com começo meio e fim. "O filme começa comigo mesmo, como um escravo africano perseguido por feitores. Aí aparece meu pai de santo falando sobre Oxossi e, depois, um alienígena que fala que a terra tem vida", disse, sem querer entrar em detalhes.

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