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O sabor que faz bem à saúde, no La Bettola

A casa era inspirada pela culinária do norte da Itália, mas evoluiu rumo ao sul e hoje apresenta um cardápio mediterrâneo, regado de aromas e ingredientes leves

Por Agencia Estado
Atualização:

No La Bettola, uma cozinha que insiste em ser feminina, nasceu com d. Lala Giarelli e continua com a jovem e talentosa Tânia Biagi. Um restaurante gostoso, com excelentes massas e que agora conta com o reforço de Derivam Ferreira de Sousa, um dos melhores barmen de São Paulo, campeão mundial de coquetelaria. As massas sempre foram os destaques, desde o começo, em 1979, quando d. Lala Giarelli conseguiu passar com sucesso do fogão familiar para o profissional. Muito mais tarde, Tânia Biagi decidiu deixar de lado uma promissora carreira na área da informática para se dedicar à cozinha. Fez o curso de chef no Senac de São Pedro e depois foi monitora dessa importante escola de hotelaria. No início de 2000, assumiu o La Bettola e foi aos poucos imprimindo o seu toque pessoal. A cozinha tradicional da casa era mais puxada para a italiana do Norte, mas Tânia se diz mais atraída pela que muitos chamam de mediterrânea, com receitas mais leves, mais aromáticas, com muitos frutos do mar e com produtos típicos das regiões mais ensolaradas, como o fetucine verde, colorido e perfumado pelo manjericão, com tomate, azeitonas e fundo de alcachofra (R$ 25,80) e o robalo grelhado com champignons (shiitake, shimeji e de Paris) com tomate-cereja e aceto balsâmico (R$ 29). Tânia diz também que o filé de linguado ao champanha e uva-itália (bem longe do Mediterrâneo) está entre os preferidos dos clientes (R$ 31). Tudo bem, o Mediterrâneo tem um charme evidente e as pessoas estão se preocupando cada vez mais com a saúde, procurando pratos leves. Mas nada justifica a substituição de uma gloriosa lasanha à bolonhesa, com um ragu delicioso e potente, por uma lasanha branca (R$ 23,30). Sinal dos tempos. O molho à bolonhesa continua sendo um dos destaques da casa. Um ragu à moda antiga, cheio de gosto, escurão, no qual a carne moída ficou muito tempo no fogo com os temperos. No caso, ele acompanhou um capelete delicioso, al dente e deixando entrever o gosto do recheio. Capelete meio grande e gostoso (R$ 24,80). O talharim, fininho (paglia), com frutos do mar é outro prato de grande classe (R$ 31,40). Frutos do mar saborosos e que conseguiram levar o seu gosto para a massa delicada, mas que passou ligeiramente do ponto. Também excelente o fetucine num molho cremoso com camarão e alcachofra (R$ 34,80). As carnes e aves estão também melhorando, começando por uma bela costeleta de vitela com molho com ervas aromáticas (R$ 33,50). A galinha d´angola feita no vinho tinto, agradou bastante (R$ 24). Carne macia, saborosa, num molho escuro com shimeji e servida com polenta. Tânia está pensando em fazer aos sábados alguns pratos familiares, desses que muitos gostam, mas poucos fazem em casa porque dão muito trabalho, como rabada, dobradinha e outros. Uma boa idéia. O restaurante em si é gostoso, bem comportado. Na entrada, um pequeno bar com umas quatro mesas, que agora é o ambiente de Derivam Ferreira de Sousa, um barman muito conhecido, bom de papo e excelente com as garrafas. Depois, o salão com umas 25 mesas e alguns quadros nas paredes. Ambiente sóbrio e confortável. La Bettola - Rua Amauri, 327, Itaim Bibi, tel. Tel.: 3167-1658.

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