'O Pensador', de Rodin, vai ficar três anos na Bahia

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Por AE
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Após três anos de espera, um acervo de 62 esculturas originais do artista francês Auguste Rodin (1840-1917) será exibido no Palacete das Artes, um casarão de estilo neoclássico, do início do século passado, instalado no bairro da Graça, área nobre de Salvador, na Bahia, que foi recuperado e reformado para receber as obras da mostra Auguste Rodin, Homem e Gênio, que será aberta hoje. Esta é a primeira vez que peças originais de Rodin, considerado pai da escultura moderna, saem do Museu Rodin Paris para uma longa exposição fora da França, com duração de três anos.Cedidas ao governo baiano em forma de comodato estão algumas das mais conhecidas esculturas do mestre como "O Pensador", "O Beijo" e uma espécie de maquete da "Porta do Inferno", um dos trabalhos mais famosos de Rodin. Os organizadores também queriam trazer uma versão em bronze da Porta, mas o custo elevado, em torno de 15 milhões, tornou o projeto inviável. Mas os seus admiradores poderão apreciar "A Mulher Agachada", "Cabeça de Mulher", "Cristo e Madalena", "Adolescente Desesperado", "Pigmaleão e Galatéia", "O Sono" e "A Danaide", entre tantas outras, todas de gesso. Embora tenha declinado do projeto que previa a aquisição definitiva de algumas obras do autor, alegando outras prioridades, o secretário de Cultura do Estado, Marcio Meirelles, admite que, posteriormente, o museu deverá dar continuidade às exposições com novas coleções do artista. O acervo cedido é avaliado em 10 milhões. O investimento na exposição, custeado integralmente pelo governo baiano, por intermédio da Secretaria de Cultura, está estimado em R$ 1,5 milhão, volume de recursos que o secretário espera recuperar com a visitação. A expectativa é que a exposição receba um milhão de pessoas nos três anos. Até dezembro, o público poderá ver as obras gratuitamente.Nas últimas vezes em que obras de Rodin estiveram expostas no País apresentaram números expressivos de visitação. Em 1995, 183 mil pessoas foram apreciar 58 peças na Pinacoteca de São Paulo, o maior recorde de público em uma exposição nacional. Em 2001, em Salvador, mais de 50 mil pessoas conferiram uma mostra no Museu de Artes da Bahia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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