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O palco das novidades

Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

Entre diversas atrações que o Brasil já recebeu outras vezes e apenas duas inéditas (Kate Perry e Rihanna, que também fazem shows em São Paulo), o que há de alternativa para a mesmice no Rock in Rio em setembro concentra-se no palco Sunset, que tem Zé Ricardo como curador e produtor. Não que todos os nomes também sejam inéditos no País, mas os shows têm um outro perfil - além dos encontros entre brasileiros e astros internacionais, o repertório é todo sugerido pelo curador. Alguns privilegiados terão prazer extra, já que no backstage, depois dos shows (programados para o horário das 15 às 19 horas), todo dia vai ter festa, com um pequeno palco aberto a jam sessions.Zé Ricardo fez curadoria de dois Rock in Rio em Lisboa (2008 e 2010) e um em Madri (2010). Em Portugal, com a colaboração de Rui Veloso, foi responsável por dar maior dimensão às carreiras de artistas locais surpreendendo o próprio público português. De lá, ele traz agora um dos maiores ídolos da música pop lusitana, o cantor David Fonseca. A propósito, no CD Vários em Um, Zé conta com participação de Tim, da banda Xutos e Pontapés, que vai dividir o palco com os Titãs. O Sunset, desde 2007, teve uma reviravolta, quando a direção do festival decidiu transformá-lo num palco tão importante quanto o principal. Rui Veloso sugeriu o nome de Zé Ricardo, que a partir do ano seguinte arriscou e acertou.No Rio vai promover encontros de Zeca Baleiro com Lokua Kanza (do Congo), Mike Patton (do Faith no More) com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, Jorge Drexler com Tiê, na medida do possível colocando um artista consagrado com uma revelação. "A empresária da Joss Stone me mandou um e-mail contando que ela disse que adorou a ideia de cantar nesse palco e acha que vai se divertir muito", conta Zé. "Então começou a ecoar no meio dos managers e artistas que existe um palco dentro do festival em que eles podem vir experimentar outras coisas, que não são comerciais."A intenção dele com o conceito do Sunset é que o palco receba "todo o resto da qualidade da música mundial" que os outros palcos não têm, tirando os artistas da zona de conforto.

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