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''O livro é um monumento à inspiração''

Por Raquel Cozer
Atualização:

ENTREVISTASEYMOUR CHWASTDESIGNER NORTE-AMERICANOPor que adaptar um livro que já inspirou tantos artistas?Esse livro é o monumento de um grande poeta à inspiração. Quando comecei minha adaptação, só conhecia as versões de Gustave Doré e William BlakeÉ sua HQ de estreia, e você evitou o formato clássico de sequência de quadros...Quadros uniformes são estáticos e entediantes. Copiei o estilo dos melhores quadrinistas, tornando as páginas dinâmicas e animadas. Desenhei cada cena como se fosse o todo.Por que imaginou Dante como um personagem de história noir?É o estilo que combina com o espírito da minha arte. E desenhar togas não me interessava...Qual foi a parte mais difícil e a mais interessante de ilustrar?O Purgatório foi difícil pela variedade de situações com a ação à beira da montanha. A mais interessante foi o Inferno, naturalmente, porque as punições e os personagens são gráficos e prazerosos.Não é difícil impactar com um Inferno em preto e branco?Doré fez a versão dele em preto e branco, e ela é boa o suficiente para mim. Cores tornariam os desenhos menos gráficos e mais decorativos.

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