31 de janeiro de 2012 | 03h07
Mas é um álbum irrepreensível. Da velocidade vertiginosa de Lonely Boy até o violão acústico de Little Black Submarino, passando pela marcação (típica de You Really Got me Now, dos Kinks) em Money Maker, tudo se encaixa. El Camino dá um drible desconcertante nos pastiches e revigora a mística de música crua e direta do rock'n'roll, reinstalando os princípios básicos do gênero.
Foi gravado nos lendários estúdios Muscle Shoals, no Alabama, com os garotos embalados pelos velhos discos da cantora Bobbie Gentry (a dupla mudou-se depois para Nashville, atraída pela facilidade de achar microfones alemães dos anos 1950 e outras raridades da era analógica). El Camino é um disco que revitaliza certas fontes imaculadas do rock, como The Sweet, T-Rex, Cars, Gary Glitter, e o faz com desconcertante intimidade. Os coros de Dead and Gone e Nova Baby, cerâmica perfeita, vieram para mostrar que a farra do rock nunca vai terminar.
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