
18 de setembro de 2011 | 00h00
Além de Hijweege ser um nome difícil de memorizar, não combinava muito com tornados. O marchand, então, rebatizou-o Kevin e o fez nascer em Sharpsburg, Illionois, em 1956. Inventou que sua família mudou para Hoskins, uma pequena cidade do Nebraska com 284 pessoas, onde, aos 16 anos, enfrentou seu primeiro tornado. Três anos depois, numa pick up e armado de uma câmera, registrou a imagem de um deles. Essa é a lenda da persona de Hijweege, mas o verdadeiro diz que a nova identidade não o desagrada de todo. "Sou o que chamam de um viciado em tornados, mas não os caço por causa da adrenalina, e sim por motivos estéticos", diz. Essas razões estão ligadas à representação de fenômenos naturais nas telas de Turner, Constable e o holandês Jacob von Ruisdael.
Ao contrário do belga Francis Alys, que também persegue tornados, Erskine não retrata o lado furioso dessas perigosas colunas de ar. O céu do holandês é turbulento, mas pictórico. A paisagem é plácida, contrastando com a violência do fenômeno meteorológico. Talvez ela mude no futuro. Erskine sabe que em 2012 esses tornados serão mais intensos na chamado "tornado alley", região dos EUA onde ocorrem com mais frequência. Consequência da poluição? "É quase certo que sim", responde. A verdade é que os tornados passam por todos os lugares, menos na Antártida. Por uma boa razão.
SP-ARTE/ FOTO 2011
Shopping Iguatemi. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.232, 9º andar. Hoje, das 14 h às 20 h. Grátis. Último dia. www.sp-arte/foto.com.
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