O gigante chamado Dave Grohl

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Por Emanuel Bomfim
Atualização:

Vinte anos separam Nevermind de Wasting Light. Tempo que fez emergir o astro Dave Grohl, antes "apenas" o competente baterista do Nirvana. Sair da sombra de Kurt Cobain, formatar sua própria banda e voltar a encher estádios não é para qualquer um. O sétimo álbum da carreira do Foo Fighters pouco tem a ver com aquele grunge sujo e apoteótico de duas décadas atrás, mas em nenhum momento abandona a ideia de um rock que possa ser enérgico e palatável, sem virar produto de nicho. Não por acaso, Grohl trouxe Butch Vig (produtor do clássico de 1991) para pilotar as gravações, além de promover as participações dos ex-companheiros Krist Novoselic e Pat Smear. Apoiado em referências que vão de Black Sabbath à Queens os Stone Age, o Foo Fighters faz da dinâmica o seu grande trunfo. Não há música plana. Como numa narrativa, Grohl sugere intenções, prepara seu ouvinte para refrões explosivos, cria espaços para o sóbrio e o dramático. Bridge Burning abre os trabalhos, valente, veloz. Rope, o single, vale pelo seu riff possante. These Days e A Matter of Time dão o tom mais melódico. White Lemo é puro heavy metal, enquanto Back & Forth é pop. Não há música que não valha ouvir um montão de vezes. Wasting Light é um discaço, o melhor do ano até agora.FOO FOGHTERSWASTING LIGHTSony/BMGPreço: R$ 25

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