08 de abril de 2010 | 00h00
Sua obra documentária não se assemelha à de nenhum outro diretor. Ele filma em tom confessional, como se fosse um diário íntimo, mas o pessoal, em seu cinema, não tem a mesma dimensão que assume na obra de outros diretores. Sua trajetória também é única.
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O primeiro longa - de ficção - data de 1962, mas embora surgido em plena nouvelle vague, Paixões e Duelo, com Romy Schneider, não o vinculou ao movimento. A política deu o tom de Terei o Direito de Matar?, com Alain Delon, de 1964, um dos raros, na época, a tratar abertamente da Guerra da Argélia.
Após A Chamada do Amor, com Catherine Deneuve, adaptado de Françoise Sagan, ele se desiludiu com o cinema comercial e se orientou para o experimentalismo. Fez o rigoroso Thérèse, ainda de ficção, em 1986. Descobriu os "carnets intimes" e tocou o sublime em Irène, evocando sua mulher, Irène Tunc, que morreu num acidente de carro. O cinema documentário de Cavalier, confessional e exigente, será uma grande descoberta. / L.C.M.
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