
14 de julho de 2013 | 02h09
- Hm. Simpática
- Ela é uma mulher fantástica. Estamos casados há 25 anos.
- E estes são...
- Os filhos. Gustavo e Leinha. Foi a Leinha que nos deu a única neta. Olha só, que amor...
- Que beleza!
- Maria Rita. Três anos. A queridinha do vovô.
- E este?
- Ah, este é o capitão Horácio.
- Capitão Horácio?
- O amor da minha vida.
- O quê?
- Do tempo em que eu era homossexual. Tivemos um caso durante sete anos, até eu resolver me curar.
- Você era homossexual e se curou?
- Sim. Foram sete anos intensos com o capitão Horácio, mas senti que aquilo não era pra mim.
- E como você se curou?
- Não foi fácil. Procurei psicólogos, psicanalistas, grupos de apoio, orientação religiosa... Finalmente me sugeriram que experimentasse a homeopatia.
- Homeopatia?!
- Chá de cipó amarelo.
- E deu certo?
- Tiro e queda.
- Esse chá...
- Tomo todos os dias, depois do almoço. O cipó amarelo vem da Amazônia. Os índios tomam desde pequenos, para prevenir.
- Mas... Você carrega uma foto do capitão Horácio na carteira...
- Foi um período importante na minha vida, que eu não quero esquecer.
- E como foi a separação?
- Amigável. Ele era uma pessoa muito distinta. Espiritual. E atlético, maratonista. Ou era, quando nos conhecemos.
- Não foi um rompimento traumático, então?
- Não. Ele entendeu minha posição, nos despedimos...
- E nunca mais se viram?
- Nunca. Não sei que fim ele levou. Ou que cara tem hoje. Certamente não é mais a da foto.
- Quer dizer que existe cura para o homossexualismo?
- Existe. As pessoas ficam fazendo pouco desse deputado Feliciano, mas existe. Chá de cipó amarelo da Amazônia. Dou a receita para quem quiser
- E é tiro e queda?
- Tiro e queda.
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