O arquiteto I.M. Pei, que projetou a pirâmide do Louvre, morre aos 102 anos

Nascido na China e naturalizado americano, Ieoh Ming Pei criou projetos para o Rock and Roll Hall of Fame and Museum, em Cleveland, o Museu da Arte Islâmica no Qatar e a Galeria Nacional de Artes de Washington, entre outros

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Por Bill Trott
Atualização:
O arquitetoI.M. Pei em sua casa em NY, em 2008 Foto: Tony Cenicola/The New York Times

O arquiteto I.M. Pei, cujos desenhos modernos e projetos de grande importância o fizeram um dos mais bem conhecidos arquitetos do século 20, morreu aos 102 anos de idade, segundo New York Times nesta quinta-feira. Um dos seus quatro filhos, Li Chung Pei, informou o jornal sobre a morte de seu pai, cuja causa ainda não foi divulgada.

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Pei, cujo portfólio incluía a polêmica renovação do Museu do Louvre em Paris e o Rock and Roll Hall of Fame and Museum, em Cleveland, morreu durante a madrugada, segundo seu filho Chien Chung disse ao jornal. Também são obras do arquiteto, entre muitas outras, o Museu da Arte Islâmica no Qatar e a Galeria Nacional de Artes de Washington.

Ieoh Ming Pei, filho de um importante banqueiro na China, deixou sua terra natal em 1935, mudou para os Estados Unidos e estudou arquitetura no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e na Universidade de Harvard. Depois de lecionar e trabalhar para o governo norte-americano, foi para uma construtora de Nova York, em 1948, e na sequência criou a própria empresa, em 1955.  

I.M. Pei, o ministro Renaud Donnedieu de Vabres e a pirâmide, em 2006 Foto: Eric Feferberg/AFP

Os museus, prédios municipais, hotéis, escolas e outras construções que Pei desenhou ao redor do mundo mostram a geometria de precisão e uma qualidade abstrata com uma reverência à luz. 

Seus prédios são feitos de pedra, aço e vidro e, assim como no Louvre, ele normalmente trabalhava com pirâmides de vidro em seus projetos. 

A pirâmide de vidro, de 1989, na entrada do Museu do Louvre, cujo edifício data do século 12, se provou o trabalho mais controverso de Pei, começando pelo fato de que ele não era francês. Depois de ter sido escolhido pelo então presidente François Mitterrand em segredo, Pei começou com um estudo de quatro meses sobre o museu e a história francesa.

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