NY revê o traço de Mies van der Rohe

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois dos principais museus de Nova York homenageiam atualmente um dos maiores arquitetos modernistas, o alemão Mies van der Rohe. O homem que pregava o "menos é mais" na arquitetura e ajudou a redefinir o século 20 com muito vidro e aço é o tema de exposições no Museum of Modern Art (MoMA) e no Whitney Museum of American Art. Centenas de fotografias, esquetes, desenhos, maquetes tradicionais e digitais, pinturas, esculturas, filmes e até instalações fazem parte das duas exposições. Mies in Berlin, que fica em cartaz no MoMA até 11 de setembro, retrata o início da carreira do arquiteto: de quando começou a trabalhar em Berlim, na Alemanha, em 1905, a quando imigrou para os Estados Unidos, em 1938. Mies in America, que fica no Whitney até 23 de setembro, mostra seu trabalho nos Estados Unidos a partir de 1938, quando se estabeleceu em Chicago, até sua morte, em 1969. A mostra do MoMA tem 47 projetos dele na Europa e examina seu trabalho mais tradicional, além do início de seu design mais moderno. Com alguns trabalhos pouco conhecidos, a exposição ajuda a revelar a evolução do traço do arquiteto. Mies in Berlin trata de suas teorias sobre a natureza, os materiais, o espaço moderno e muito mais. O MoMA foi o primeiro museu do mundo a mostrar o trabalho do arquiteto na exposição International Style, em 1932. O museu também realizou sua primeira retrospectiva, em 1947. Mies van der Rohe foi o último diretor da famosa Escola de Arte Bauhaus, de 1930 até o fechamento da instituição pelo regime nazista em 1933. Alguns dos projetos mostrados no MoMA são jardins e residências em Potsdam e Berlim, na Alemanha, a Tugenhat Haus (em Brno, na República Checa), e a casa Resor, desenhada para Helen Resor (uma colaboradora do MoMA), em Jackson Hole, Wyoming. O show do Whitney começa onde o do MoMA acaba, com uma versão redesenhada da casa Resor, completada depois que ele chegou aos Estados Unidos. A obra na mansão, que mostrou a radicalização de seus conceitos de espaço, luz e sombra, nunca foi terminada. O projeto também aponta o caminho para um de seus trabalhos mais conhecidos, a Farnsworth House, em Plano, Illinois. A mostra do Whitney, em vez de ser cronológica, tem os trabalhos separados por técnica e conceito. Um dos destaques do show são os desenhos do arquiteto, que via suas criações "em movimento", como no cinema. Seus esquetes e alguns filmes mostram os projetos em vários ângulos e incidências de sol, o que mostra como a sombra e a luz eram partes importantes de seu trabalho. A mostra do Whitney termina com seus projetos urbanos e sociais dos anos 60, como o Federal Center (Chicago), o Toronto Dominion Centre (Toronto) e a Westmount Square (em Montreal). Mais informações sobre as exposições podem ser conseguidas nos web sites do museus, em http://www.moma.org e http://www.whitney.org.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.