Nova década vai receber Pina Bausch

Dentre as atrações para 2011, as duas companhias oficiais de dança de São Paulo seguem no perfil que desenharam para si mesmas, mesclando obras de coreógrafos brasileiros com a de coreógrafos convidados e a produção de remontagens de clássicos de repertório. O Balé da Cidade de São Paulo montará trabalhos do grego Andomis Foniadakis (os figurinos serão de Alexandre Herchcovitch), do português André Mesquita, da carioca Márcia Milhazes e de sua diretora artística, Lara Pinheiro. Ainda não divulgou qual será o clássico, mas a São Paulo Companhia de Dança, sim. Serão duas remontagens: Don Quixote (Petipa) e Legend (John Cranko, por Richard Cragun) acompanhando produções de Henrique Rodovalho e Marco Goecke.Em fevereiro, Mariana Muniz apresenta seu Penetráveis, a partir de Hélio Oiticica, na Galeria Vermelho. Em agosto, O Grupo Corpo estreia nova obra de Rodrigo Pederneiras, ainda sem nome, e com música da dupla formada pelo galego Carlos Nuñez e José Miguel Wisnik, que comporá um programa com O Corpo, criada em 2000, com música de Arnaldo Antunes. Em setembro, Deborah Colker faz Tatyana, baseada em Eugênio Onegin, de Alexander Puchkin.Evidentemente, esse é somente um rabisco ligeiro em um texto que será muito mais espesso, pois todas as companhias, todos os solistas, bem como os que não cabem nessas duas categorias, todos eles continuarão a produzir dança em 2011.Dentre os estrangeiros, teremos, no Teatro Alfa, a companhia de Pina Bausch em abril, com a sua criação sobre o Japão, Ten Chi, que tem cenário de barbatanas de tubarão e flores de sakura. E, em outubro, a Akram Kahn Company mostra Gnoses (seu solo) e Vertical Road, estreado em outubro, em Londres; e Sasha Waltz & Guests com Travelogue I - Twenty to Eight.