NOITE DO TIRA TEIMA

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Por Pedro Antunes
Atualização:

Há uma espécie de veneração ao Interpol. Banda de Nova York que despontou no "boom" indie do início dos anos 2000, eles foram anunciados como atração do Terra depois que os 25 mil ingressos já estavam esgotados. "Sabíamos que isso tinha acontecido e tentamos procurar um jeito de dar uma nova oportunidade para os fãs da banda", explica o guitarrista Daniel Kessler. Foi aberta uma nova data, no domingo, na casa The Clash. De novo, os ingressos se esgotaram rapidamente. "Sabe, isso é muito excitante. Serão dois shows diferentes, pode ter certeza", garante. Nada como uma turnê por aqui para levantar o moral de qualquer banda. Principalmente depois de um pouco mais de um ano difícil para o grupo. Primeiro, pouco antes do lançamento do de Interpol, em setembro do ano passado, o baixista Carlos Dengler decidiu sair e "explorar novas possibilidades", como resume Klessler. O disco, em si, recebeu críticas duras, algumas pesadas até demais. O álbum, o quarto da carreira e que marca a volta do grupo à gravadora Matador, possui uma sonoridade introspectiva, com letras tristonhas, cantadas por um ainda mais lamurioso Paul Banks. É difícil conseguir repetir o estardalhaço de Turn on the Bright Lights, a estreia do grupo, em 2002. Já em fevereiro, o baixista substituto, Dave Pajo, também deixou o grupo. Duas perdas em pouco mais de um ano, mas com a chegada de Brad Truax, o grupo tenta se reerguer. A apresentação no festival Coachella, em julho, trouxe uma animação do diretor David Lynch, que acrescentou mais psicodelia ao som perversamente escuro do Interpol. "Tivemos tempo para trabalhar com Truax. Tivemos sorte de trabalhar com pessoas competentes", completa Klessler. Serão duas chances de mostrar isso em São Paulo, hoje e amanhã.

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