PUBLICIDADE

"No Limite" testa a resistência humana

Por Agencia Estado
Atualização:

Colocando em prática o espírito de aventura e as fronteiras da resistência humana, a Globo estréia o programa No Limite dia 23, logo após o Fantástico. Doze pessoas tentarão sobreviver durante 22 dias numa praia deserta, sem conforto, sem comida, sem abrigo, cumprindo tarefas que levarão o vencedor a receber R$ 300 mil. "Será um documentário sobre pessoas comuns vivendo situações inusitadas", classifica o apresentador Zeca Camargo. Partindo da pergunta "você passaria um mês numa ilha deserta?", foram selecionadas 12 pessoas entre os mais diferentes perfis. Homens e mulheres com idades entre 20 e 54 anos, sem se conhecer, viverão situações inóspitas. Entre os candidatos estão uma dona de casa, um bailarino, um advogado, um estudante, um ex-menino de rua, uma cabeleireira, um motociclista, entre outros. "No geral, são pessoas que estão cansadas de sua rotina e queriam dar um novo sentido à vida participando dessa aventura", conta Boninho, diretor-geral do programa. "Também selecionamos pessoas que poderiam trazer para a tevê algo interessante. Todos toparam o desafio sem saber qual seria o prêmio final". Cento e cinquenta pessoas formam a equipe que acompanhará os participantes, que assinaram um contrato de sigilo absoluto, proibindo-os de revelar o local exato, os desafios e outros detalhes no decorrer dos 22 dias, período que pode se estender para 25 dias, dependendo das etapas do programa. Um "acampamento" será montado a 40 quilômetros do local ?uma praia deserta no Ceará ?onde ficarão acomodados, além do apresentador e técnicos, a equipe de apoio, formada por serviços médicos-hospitalares, segurança, nutricionista, psicóloga, bióloga, pesquisador e até um índio guarani. Aos participantes será entregue uma pequena bolsa para acomodar apenas roupas e um objeto afetivo pessoal. "Não será permitido levar caixa de fósforo, faca, cigarro, celular, ou qualquer outro tipo de utensílio", lembra Zeca. "Entregaremos a cada participante um kit de sobrevivência composto por protetor solar, capa de chuva, lenços umedecidos, camisinha e absorvente para as mulheres." A idéia inicial era realizar o programa no Pantanal, mas por causa da época de cheia não foi possível. "Partimos então para o Ceará. Escolhemos uma praia particular, com dunas, água potável, vegetação rasteira e densa, falésias, mangue... ou seja, um lugar realmente muito bonito com 15 Km de praia", revela Boninho, sem dar a localização exata. "Até o espaço aéreo está delimitado." Auto-estima - Os participantes serão filmados 24 horas por dia. Dez equipes de filmagem atuarão como observadores, sem estabelecer nenhum contato. "Todos terão seguro-saúde e sabem que estarão correndo algum risco. Mas todos também assinaram um termo dizendo que estão abertos a qualquer desafio", conta Boninho. Na opinião da psicóloga Ester Salvador Oda, participar de um programa desse tipo pode ser prejudicial para algumas pessoas. "O fato dessa pessoa estar participando de uma disputa e depois ser excluída pelo próprio grupo pode acabar acarretando num sentimento de rejeição dentro da mente de quem é desclassificado", disse. Em contrapartida, Ester ainda destaca como positivo o fato dos grupos serem formados por pessoas de vários tipos. "Essa exposição pode valorizar a auto-estima e a moral das pessoas. O correto seria estar destacando o sentimento de cooperação entre os participantes, o que também somaria muito na vida pessoal de cada um".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.