National Gallery comemora o centenário de Cézanne

Apesar de o pintor nunca ter pisado em território britânico, colecionadores e marchands divulgaram sua obra, que teve grande impacto no país

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Por Agencia Estado
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A National Gallery de Londres comemorará o centenário da morte de Paul Cézanne com uma exposição com obras do pintor de museus e colecionadores particulares do Reino Unido. Tímido e com claras tendências de ermitão, Cézanne (1839-1906) nunca pisou em território britânico, mas graças a uma série de importantes colecionadores, marchands progressistas e analistas, sua obra teve um forte impacto no país. Entre os colecionadores cabe citar o famoso economista John Maynard Keynes e o empresário Samuel Courtauld, fundador do Courtauld Institute of Art, de Londres, e entre os analistas destaca-se o pintor e crítico Roger Fry, integrante do grupo de Bloomsbury. A Grã-Bretanha possui uma das maiores coleções de obras do grande impressionista, cuja obra influenciou poderosamente toda a arte do século 20 a partir de Picasso e Braque. Entre as 40 obras que farão parte da exposição londrina estão retratos, quadros de natureza morta e paisagens, gêneros nos quais Cézanne deixou sua marca. A mostra estará aberta ao público de 4 de outubro até 7 de janeiro. Poderão ser admiradas na National Gallery obras de todas as épocas de sua carreira: desde as que parecem pintadas com barro, da década de 60, passando pelas do período impressionista, dos anos 80, e de pincel leve e sintéticas das décadas de 80 e 90, até as mais serenas e magistrais de sua última fase. Desde o retrato do pai do pintor, Louis-Auguste Cézanne, de 1862, conservado na National Gallery, até o retrato de seu jardineiro Vallier, de 1906, que faz parte da coleção da Tate Gallery, "Cézanne na Grã-Bretanha" permitirá acompanhar a longa viagem de um criador solitário que buscou sempre a perfeição na arte.

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