Na TV, Mônica e sua turma ensinam a ler e escrever

Em programas de 30 minutos, personagens vão ajudar na alfabetização de crianças. Projeto ganhou ontem o aval do governo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Turma da Mônica vai entrar na pré-escola para ajudar na alfabetização de crianças. O novo projeto do desenhista Mauricio de Sousa é veicular na televisão programas de 30 minutos em que os personagens da turma levem com "humor, música, cor e qualidade" conhecimento para as crianças que estão aprendendo a ler e escrever. "Não sei não, talvez o Cascão seja obrigado a tomar banho para ir à escola", adiantou Mauricio. O desenhista acertou ontem com o ministro da Educação em exercício, Rubem Fonseca, aval do governo para que o projeto receba financiamento de um organismo internacional, provavelmente o Banco Mundial. Mônica, Cebolinha, Cascão e outros personagens poderão dividir espaço com parlamentares na TV Senado ou aparecer na TV Cultura, na TV Escola - transmitida a 56 mil escolas públicas e a casas com antena parabólica - e até em canais comerciais. O desenhista também quer aproveitar o projeto para TV para falar de valores que, segundo ele, são "um pouco esquecidos nos outros meios de comunicação". Mauricio já está "gestando" novos personagens para tratar da educação inclusiva de portadores de deficiência física e do racismo. A turma vai ganhar um menino negro músico. Também farão parte do grupo uma menina cega e um menino tetraplégico que conviverão com os demais personagens. "Tudo é possível: vão entrar nos planos infalíveis do Cebolinha e até levar coelhada." A Turma da Mônica também ganhará dois índios da Amazônia - o atual representante indígena no grupo, o Papa-Capim, é da Bahia. Mauricio e sua equipe passarão 15 dias nas tribos dos achanincas, que conservam hábitos dos incas, e dos catuquinas, índios pequenos. Ambas vivem no Acre. O desenhista quer conhecer a Amazônia para explorar a relação da criança com animais e a floresta. "Vou conversar com o pajé e aprender coisas para contar nas histórias."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.