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Na estante da semana, as ações do polêmico MST

Por Agencia Estado
Atualização:

Elas são lembradas e analisadas por duas jornalistas inglesas. E mais: a história de um marinheiro, por Jack London; uma nova biografia de Maquiavel; uma seleção de crônicas de Ignácio de Loyola Brandão... As ações do polêmico MST, na visão de duas jornalistas inglesas. As andanças de duas jornalistas inglesas ? Sue Branford e Jan Rocha ? pelos acampamentos do Movimento dos Sem-Terra, o MST. As duas estiveram em ocupações no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco e Pará. O relato, resultado de quase dois anos de pesquisas, está nas páginas de Rompendo a Cerca ? A história do MST (399 páginas, R$ 48,50), que acaba de chegar às livrarias com o selo da Casa Amarela. O livro conta também episódios de muitas outras lutas pela terra no Brasil, como a das Ligas Camponesas. As jornalistas têm relação antiga com o Brasil: Sue Branford, que morou 10 anos no país, foi correspondente do Financial Times e da The Economist; Jan Rocha, que mora em São Paulo, trabalhou como correspondente da BBC e do The Guardian. Rompendo a Cerca nasce já com um bom estoque de elogios. Um deles de ninguém menos que o historiador Eric Hobsbawm, ilustre conterrâneo das autoras. Diz ele sobre o livro: "Esta é a narrativa mais completa do que é, provavelmente, o mais ambicioso movimento social da América Latina contemporânea". Um outro é do bispo Dom Pedro Casaldáliga, um permanente defensor dos sem-terra. Este: "O livro é um documento histórico, com análises categorizadas. Depoimentos de protagonistas, com descrições vívidas e honestamente aberto à crítica. Descreve o MST em suas facetas econômica, política, cultural. E o situa no contexto nacional de um Brasil cansado de luta, mas incansável de sonho, que tem sido capaz de produzir este movimento providencial, um dos mais eficazes fenômenos da luta popular latino-americana, nestas últimas décadas". O prefácio de Rompendo a Cerca é do jornalista José Arbex Jr. AS AVENTURAS DE UM MARINHEIRO. CONTADAS POR OUTRO MARINHEIRO. Nascido numa família pobre, o norte-americano Jack London (1876-1916) trabalhou como operário, marinheiro e minerador (no Alasca) antes de se tornar escritor. Entre suas obras estão Caninos Brancos, O Tacão de Ferro e O Lobo-do-Mar. O livro Martin Eden (376 páginas, R$ 36,00), lançado pela Nova Alexandria, é a história de um jovem marinheiro que abandona a sua vida de aventuras para conquistar, como escritor, a fama e o amor de uma mulher. Seu êxito acabará, no entanto, custando-lhe caro. Como ocorre em outras obras de Jack London, o romance é uma narrativa semibiográfica, em que o autor não faz referências apenas a fatos e lugares, mas também aos seus próprios dilemas. Na narrativa direta, com muitos diálogos e descrições ? o que atenua um pouco o discurso de natureza política, não comprometendo demais a leveza típica do gênero "aventura". Tradução de Aureliano Sampaio. APRENDA UM POUCO MAIS SOBRE MAQUIAVEL. ESTE LIVRO ENSINA. Uma nova biografia de Nicolau Maquiavel. Esta, O Sorriso de Nicolau, editada pela Estação Liberdade, foi escrita por Maurizio Viroli, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e consultor da presidência da República italiana. A tradução é de Valéria Pereira da Silva. Em O Sorriso de Nicolau (312 páginas, R$ 34,00), Viroli mostra que o pensador italiano não foi somente o autor de O Príncipe, livro considerado o fundador do pensamento político moderno. Era também uma personalidade complexa, inquieta, inclinada a viver as mais diversas experiências. O autor descortina nesta aprimorada biografia os encontros de Maquiavel com os poderosos, as amizades, os amores, as viagens, seus sucessos e suas derrotas. "Sempre fui fascinado pelo pensamento político e pelo que escreveu Maquiavel e, sobretudo, pelo seu modo singular de rir da vida e dos homens. Escrevi estas páginas para compreender o significado do sorriso que emerge de suas cartas, suas obras e de alguns retratos seus, pois acredito que esse sorriso encerra uma grande sabedoria de vida, ainda mais profunda do que o seu pensamento político", afirma Maurizio Viroli. O QUE É MESMO CRIATIVIDADE EM PROPAGANDA? EIS ALGUMAS RESPOSTAS. O empresário e escritor Roberto Menna Barreto não é exatamente um modelo de modéstia. Em seu livro Criatividade no Trabalho e na Vida, por exemplo, ele promete, logo no prefácio, não apenas esgotar o assunto, criatividade, como tenta vendê-lo como "o mais prático, e mais ainda, o mais completo, o mais instrutivo e o mais absorvente livro de criatividade do mundo!" Um livro assumidamente pretensioso. Mas Menna Barreto garante que cumpre o "compromisso assumido". Pois bem, Menna Barreto está de volta às prateleiras. Agora, com a 12ª edição de um outro livro em que também fala de seu tema favorito: a criatividade. Neste, é a Criatividade em Propaganda. O selo é da Summus Editorial. A trajetória de Criatividade em Propaganda (282 páginas, R$ 44,00), lançado pela primeira vez em 1978, mereceu marcantes elogios. Como estes: "Esse livro é o que apareceu de mais criativo nos últimos 77 anos de publicidade no Brasil". (Orígenes Lessa) "Este livro de Roberto Menna Barreto pouco ou nada fica a dever livros famosos como os de Claude Hopkins, David Ogilvy e Alex Osborn". (Jornal do Brasil) "Este livro, sem mistificar um instante, alimenta a imaginação em todos os sentidos. Aqui está uma leitura obrigatória, sobretudo para quem anda precisando se desmistificar". (Meio & Mensagem) AS MELHORES CRÔNICAS DE LOYOLA BRANDÃO. UMA SELEÇÃO DA GLOBAL. Uma antologia de crônicas retirada das páginas de O Estado de S. Paulo. O livro Melhores Crônicas de Ignácio de Loyola Brandão (416 páginas, R$ 45,00), mais um destaque da elogiada coleção da Global Editora, acaba de chegar às livrarias. A seleção é de Cecília Almeida Salles, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/ SP. Vejam o que diz ela dos textos do escritor, um paulista de Araraquara, jornalista desde os 16 anos, autor de 26 livros, entre romances, contos e narrativas de viagens: "O leitor das crônicas de Loyola, em alguns momentos, é convidado a embarcar nos delírios de uma imaginação desenfreada, sem qualquer expectativa de confronto com o cotidiano jornalístico. Em outros, é levado a se identificar ou se posicionar diante das indignações que sustentam sutilmente todos os relatos. Algo é certo: as cidades, os encontros e as viagens, assim como as imagens da memória e os jogos da ficção atuam todos como argutos instrumentos críticos". Na apresentação do livro está um elogio de outro personagem famoso de Araraquara, o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Vejam o que ele diz do conterrâneo: "Lendo Ignácio sempre me sinto cego, pobre, diante da riqueza que ele soube, sabe e saberá ver lá, onde para mim era nada. Como eu não vi isso? Ignácio focou todo em tudo, na cidade, na nossa nem pequena nem grande Araraquara, na nossa infinita finita cidade de interior São Paulo. Dois absurdos, dois mistérios que ninguém consegue dar forma, ver, duas cidades mal-amadas. Nos livros sobre cidades está o sumo indecifrado. Por isso eu tento decifrar o mistério desse escritor poeta urbano suburbano periférico de Hollywood, que é também meu mistério no teatro. Meu espelho". UM LIVRO COM MUITAS (E PRECIOSAS) LIÇÕES PARA ENTENDER O MERCADO Para que os clientes comprem os produtos, é necessário inicialmente entender a demanda, e então criar a oferta. Enquanto a procura não for compreendida, criar a oferta poderá ser uma ação arriscada. Essa é uma das lições de A Nova Ordem do Mercado, de Richard Kash, um dos mais polêmicos autores da atualidade, lançado pela Campus. Segundo ele, os líderes empresariais devem repensar suas ações para competirem com sucesso. A tradicional abordagem atrelada à oferta foi ultrapassada e o enfoque baseado na procura é, de acordo com Kash, imprescindível para o sucesso na economia atual. Hoje, à medida em que novos concorrentes a todo instante entram em quase todos os mercados, fazendo com que a oferta supere a procura, as empresas se vêem pressionadas pelos preços e precisam realinhar suas abordagens de mercado para refletirem as novas realidades da economia. Para o autor, se a economia já foi controlada pela oferta, agora é a vez da procura.E, para os líderes empresariais atuais que tiverem esta visão, há um leque de oportunidades. O livro(284 páginas, R$ 55,00) traz uma estratégia específica que abrange seis etapas destinadas a implementar o enfoque da priorização da procura.

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