
08 de janeiro de 2011 | 00h00
Convencido de que o fechamento é inevitável, André Sturm prepara o que pretende seja uma grande celebração. Nas duas últimas semanas programadas do Belas Artes - de 14 a 27 -, duas das seis salas vão apresentar ciclos imperdíveis. Um deles vai se chamar Tesouros do Cinema e vai exibir aqueles clássicos que você sabe - Cidadão Kane, de Orson Welles; O Encouraçado Potemkin, de Sergei M. Eisenstein; A Regra do Jogo, de Jean Renoir, etc. O outro, Tesouros do Belas Artes, vai trazer filmes que estrearam nas salas e fazem parte das emoções que os cinéfilos carregam no imaginário por toda a vida - Pai Patrão, dos irmãos Taviani; Ensaio de Orquestra, de Federico Fellini; Johnny Vai à Guerra, de Dalton Trumbo; Possessão, de Andrzej Zulawski, etc.
Sturm acredita que talvez seja possível refundar o Belas Artes em outro local porque ele não é somente um espaço físico - é um clima, um estado de espírito. "As pessoas vêm aqui para se encontrar, conversam após as sessões."
Alain Resnais, um autor de filmes cabeça, está há três anos e meio em cartaz no Belas Artes - onde mais? - com seu filme Medos Privados em Lugares Públicos. Não se trata de um fenômeno isolado - "Closer, Perto Demais, de Mike Nichols, ficou um tempão em cartaz, e Zatoichi, de Takeshi Kitano, que não foi bem em outras salas, aqui lotava. É um público fiel, de amantes de cinema, que eu não gostaria de decepcionar."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.