Um musical inédito com todos os elementos da Broadway, adaptado e produzido no Brasil. Este é o desafio de New York, New York, que estreia em 14 de abril em São Paulo. Com direção cênica de José Possi Neto, o espetáculo traz Alessandra Maestrini e Juan Alba como protagonistas no elenco, que conta ainda com Simone Gutierrez e a cantora Julianne Daud.New York, New York acompanha a vida do casal Francine Evans, uma cantora, e Johnny Boyle, saxofonista, no Estados Unidos pós-guerra. A história, que já foi filmada por Martin Scorsese em 1977 - Robert de Niro e Lisa Minelli como protagonistas - é baseada no livro homônimo de Earl Mac Rauch."O enredo é exatamente o mesmo. Com a diferença do tratamento do roteiro, que no filme tende para o drama. Nossa produção é levada para a comédia, exatamente como no texto original", afirma o maestro Fábio Gomes de Oliveira, diretor musical e idealizador do espetáculo."Confesso que fui procurar informações achando que um musical tinha gerado o filme. Vi o filme e achei dramático demais para ser montado", afirma a atriz Alessandra Maestrini. "O espetáculo é mais leve, uma história de amor cheia de graça, totalmente divertido", completa. "É o meu primeiro musical de estilo. Fico muito feliz com a oportunidade de trabalhar com essa gente talentosa e o Possi que fez um trabalho incrível", comemora Juan Alba. Ao todo, o elenco conta com 54 artistas, sendo 16 cantores e atores, 13 bailarinos e 25 músicos da big band. No repertório, clássicos do jazz como New York New York, Sing, Sing, Sing (Louis Prima) e The Man I Love (George e Ira Gershwin). As músicas, executadas pela banda no palco, não ganharam traduções em português. Legendas serão projetadas durante o espetáculo. "O projeto já veio com a ideia de não traduzir as músicas. Como as canções não contam a história e são famosas, as legendas funcionam como um guia", explica José Possi Neto.O ineditismo da adaptação acabou dando mais espaço à liberdade criativa. Segundo Possi, o espetáculo incorpora elementos nacionais. "Com o jazz de pano de fundo, sobra espaço para a improvisação que vem da cultura do gênero e também está presente aqui no Brasil, com o samba. Diria que é um musical com muita bossa, muito brincadeira, muita brasilidade".