
11 de agosto de 2010 | 11h17
Segundo Masetti, o espetáculo, que estreia em plena sexta-feira 13, no teatro Sérgio Cardoso, no próprio bairro, não vai ter medo de se assumir brasileiro. "Os atores foram pegando o jeito de dançar e cantar que a gente queria, sem imitar aquela coisa dos musicais gringos", fala Masetti. "A gente pode fazer assim, porque o Brasil tem o maior conhecimento de musicais do mundo. Escolas de samba fazem um grande teatro musical", completa o codiretor Carlos Meceni. Durante o período de criação, o espetáculo chegou a ser batizado de Ópera do Bixiga e até Revista do Bixiga. "Mas resolvemos tirar isso. Não é ópera e também não é revista. Não queríamos causar confusão no público", diz Masetti.
A dramaturgia ficou nas mãos de Solange Santos, Edu Salemi, Enéas Pereira e Ana Saggese. O maestro João Maurício Galindo, da Jazz Sinfônica, é quem vai reger a orquestra com composições de Nelson Ayres, Ruriá Duprat, Miguel Briamonte e Rodrigo Morte. No palco, serão 23 atores, entre eles Eduardo Silva, Paulo Goulart Filho e Wilma de Souza. Todos os envolvidos passaram por oficinas n opróprio teatro. "Construímos aqui, nos corredores do Sérgio Cardoso, cada pedacinho destes personagens e da encenação", declara Masetti.
Além dos atores, as oficinas formaram 12 figurinistas, 15 cenotécnicos, 4 maquiadores, 9 iluminadores, 7 maquinistas, 5 contrarregras, 7 produtores e 4 sonoplastas - todos trabalhando na produção. "Bixiga, Um Musical na Contramão" apresenta um painel de pequenas histórias que traduzem o imaginário do bairro. A estátua de Adoniran Barbosa, que originalmente repousa na praça Dom Orione, é quem vai conduzir a plateia pelo emaranhado de causos. O Adoniram estátua será interpretado por Eduardo Silva, um ator negro. "Queremos representar essa mistura
que é o bairro. No Bixiga tem italiano, nordestino, negro", diz Masseti. Como curiosidade, vale ressaltar que, embora tenha feito do Bixiga sua musa, Adoniran
nunca morou no bairro. As informações são do Jornal da Tarde.
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