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Musicais da Broadway enfrentam baixas audiências

Lestat, com música de Elton John, encerra sua temporada essa semana, após somente 39 exibições regulares, devido ao pequeno público

Por Agencia Estado
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A temporada de musicais da Broadway não é mais a mesma: várias apresentações estão a ponto de sair de cartaz ou já deixaram de ser exibidas, entre elas a do vampiro Lestat, com música de Elton John. Lestat encerra sua temporada neste domingo, após somente 39 exibições regulares e 33 de pré-estréia, devido ao pequeno público no Palace Theater de Manhattan. Na semana passada, o espetáculo arrecadou parcos US$ 448 mil e ocupou apenas 53% das cadeiras do teatro, um resultado decepcionante para quem esperava que a produção de US$ 12 milhões fosse um sucesso. Os produtores de Lestat apostavam no êxito do espetáculo, apoiado pelo gigante da indústria do entretenimento Warner Bros, assim como pela música do lendário astro britânico Elton John e de Anne Rice, autora do romance original O Vampiro Lestat .O musical conta, além disso, com as letras de Bernie Taupin e a atuação principal de Hugh Panaro, conhecido por sua atuação no aclamado musical O Fantasma da Ópera. Mas, após ter receber duras críticas, atrair poucos espectadores e obter duas indicações ao prêmio Tony - o "Oscar da Broadway" -, o espetáculo do vampiro recebeu uma ducha de água "benta" e fria. De fato, as candidaturas aos Tony, cuja cerimônia de premiação acontece em 11 de junho, foram decisivas para que alguns musicais dessem adeus aos palcos de Nova York. Muitos deles nem chegaram a somar 100 apresentações. Os produtores costumam esperar até o anúncio das indicações do Tony, confiando que uma eventual candidatura dê um impulso final à bilheteria. Este ano, inúmeras obras não tiveram a aprovação nem do público nem do júri do Tony. Ring of Fire, por exemplo, celebra a lenda do astro country Johnny Cash. Dois meses e 57 espetáculos depois, o show terminou.Outro musical, Festen, um drama familiar baseado no filme cult dinamarquês Festa de Família, de Thomas Vinterberg, fez apenas 49 apresentações regulares e 20 de pré-estréia. Já Barefoot in the Park, recriação para os palcos da fita de 1967 de Gene Saks, encerrou sua temporada no último fim de semana após receber duras críticas e depois de 108 shows, mesmo tendo a assinatura de Neil Simon, considerado um dos maiores dramaturgos dos Estados Unidos. Outros musicais de vida curta foram The Caine Mutiny Court-Martial, com 17 apresentações, e Well, uma produção de US$ 2 milhões, que se apresentou 53 vezes no Longacre Theater e que ocupou menos de 40% das cadeiras. No dia 18 de junho, Three Days of Rain, peça estrelada pela hollywoodiana Julia Roberts, será apresentada pela última vez. A atriz não é candidata ao Tony, mas será apresentadora da premiação. Na lista das produções com data certa para sair de cartaz estão, além disso, Awake and Sing! (25 de junho), Doubt (2 de julho), Shining City (16 de julho), Faith Healer (13 de agosto) e The History Boys (3 de setembro). Todas essas obras, claro, darão lugar a novos shows, embora alguns deles não sejam na verdade tão novos assim. Os mais esperados, considerados futuros sucessos, são Os Miseráveis - ganhador de 12 prêmios no Tony, incluindo melhor musica, teve 6.680 apresentações em 16 anos - e A Chorus Line, com 6.137 shows em sua montagem original e ganhador de nove Prêmios Tony em 1975. Como se vê, na falta novidades convincentes, nada como trazer de voltar espetáculos consagrados.

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