
15 de dezembro de 2010 | 00h00
São conclusões de uma pesquisa realizada nos últimos quatro anos pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Das 3.025 instituições mapeadas, 1.705 não responderam ao questionário enviado. Ainda assim, a amostragem é considerada suficiente para nortear estratégias que constarão do Plano Nacional de Museus, a ser lançado sábado, com vistas aos próximos dez anos.
Esse é o primeiro censo museológico do Brasil. Além das deficiências em relação à segurança - que deverão ser combatidas graças a um acordo com a Polícia Federal - e à adequação aos turistas - urgente, por conta da vinda da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada ao Rio, em 2016, outro ponto negativo constatado foi a alta concentração dos museus: só 21,1% dos municípios têm ao menos um.
De história, artes e imagem e som, eles estão no litoral do País, nas capitais (30,5%), e no Sudeste (1.151) e no Sul (878), principalmente. A cidade de São Paulo é campeã, com 132; a do Rio tem 124. "Na questão cultural, o Brasil ainda não passou o Tratado de Tordesilhas", disse o presidente do Ibram, José do Nascimento Junior, que, com a coordenadora-geral de sistemas de informação museal, Rose Miranda, apresentou os dados no Rio, ontem, no Museu da República. Alguns são positivos: o surgimento de museus vem crescendo nas últimas décadas; o volume de visitantes, idem (82 milhões em 2009); quase 80% não cobram ingresso; entre os que cobram, o preço mais praticado é R$ 2.
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