Museu virtual mostrará raridades de Bagdá

Pela internet, os tesouros inestimáveis do Iraque, coleções raras e os primeiros textos escritos da humanidade

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O projeto de reconstrução cultural do Iraque, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas da Itália, denominado Museu Virtual de Bagdá, que aguarda a plena recuperação material de um dos mais importantes museus do mundo, mostrará em breve, via Internet, os tesouros inestimáveis do Iraque, entre eles coleções de rara beleza e os primeiros textos escritos da humanidade. A exposição na Internet mostrará a reconstrução desta grande civilização do passado. Uma segunda etapa do projeto visa à ampliação do Museu Virtual, incluindo uma parte relevante dos tesouros iraquianos que hoje estão distribuídos em diversos museus do mundo, principalmente nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Rússia e Turquia. O projeto Museu Virtual de Bagdá foi apresentado hoje na sede do Centro Nacional de Pesquisas (CNR, sigla em italiano) durante um encontro ítalo-iraquiano, do qual participou uma delegação iraquiana formada, entre outros, por Dony G. Youkhanna, presidente do Conselho de Estado para o Patrimônio Cultural e Antiguidades. No encontro foram projetadas as imagens das primeiras salas do museu virtual. O Dr. Youkhanna declarou que este projeto é um modelo de cooperação ítalo-iraquiana que poderá servir de exemplo para outros países europeus. "A Itália se tornou uma aliada importante para a reconstrução e a colaboração entre os governos é um modelo para as relações entre povos que aspiram à paz", acrescentou. O vice-presidente do CNR, Roberto de Mattei, afirmou que o projeto da reconstrução virtual do Museu se insere em um contexto maior, que é o comprometimento italiano com o Iraque, e representa uma contribuição simbólica, mas real, no plano cultural, para a implantação da democracia no Iraque, posto que "a primeira riqueza de um país é o conhecimento de sua própria identidade e o conhecimento não pode prescindir da memória histórica".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.