Museu no Rio vai contar história das telecomunicações

Telemar quer inaugurar instituição ainda em 2004, no histórico prédio que abrigou a primeira estação telefônica da zona sul carioca

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Por Agencia Estado
Atualização:

A história da telefonia e das telecomunicações brasileiras e mundiais vai ser contada no museu que o Instituto Telemar, braço sociocultural da operadora de 16 Estado brasileiros, pretende inaugurar até o fim do ano no Rio. Para isso, reforma o prédio da primeira estação telefônica da zona sul do Rio, no Flamengo, onde funcionou, durante 20 anos, até 2001, o Museu do Telefone, que era uma referência carioca. Espera também seduzir companhias do setor (fabricantes de equipamentos e outras operadoras) para se tornarem parceiras no empreendimento, orçado em R$ 7,5 milhões, que poderão vir da renúncia fiscal prevista na Lei Rouanet. "O Museu do Telefone foi importante porque seu acervo vinha dos tempos pioneiros, em meados do século 19, quando o imperador dom Pedro II, encantado com o invento que viu numa feira na Filadélfia, nos Estados Unidos, com o próprio Graham Bell, que o inventou trouxe o aparelho para o Brasil e implantou o serviço no País", lembra a gerente do Instituto Telemar, Maria Arlete Gonçalvez, ex-diretora do Museu do Telefone e será a curadora do Museu da Telefonia. O prédio, de 1918, foi inteiramente reformado (só ficou a fachada) com base no projeto do escritório Oficina de Arquitetos, de jovens profissionais cariocas, vencedores de um concurso em 2000. No ano seguinte, o edifício entrou em obras que custaram R$ 7 milhões financiados pela Telemar. Os quatro andares de pé-direito alto viraram oito pisos intercalados que abrigarão uma sala para mostras temporárias, no primeiro andar, quatro andares para as exposições de longa duração, uma sala de espetáculos e um cibercafé, no último andar, com varanda dando para a paisagem da Praia do Flamengo. "Não teremos salas permanentes porque, em telecomunicações, as tecnologias se sucedem com muita rapidez e o que é de ponta hoje já está defasado em seis meses. O museu vai estar sempre em mutação", avisa Maria Arlete, lembrando que a mostra será temática, não cronológica. "Isso para distribuir melhor a informação e também para que o público possa tanto nos visitar em pouco tempo ou passar o dia inteiro aqui." São, ao todo, sete módulos: a voz humana e as formas de registrá-la, a escrita (da rupestre ao e-mail, a transmissão do som com ou sem fio, a transmissão da imagem, a informática e o sensório, que terá os projetos para o futuro e também os que foram previstos pela ficção científica na literatura e no cinema. O acervo do antigo Museu do Telefone se espalhará por esses módulos e tem preciosidades: exemplares das primeiras mesas telefônicas e de aparelhos que foram usados desde o século 19.

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