Museu expõe "O Grito" e "Madonna" e bate recorde de público

Mais de 5.500 viram os quadros do artista, exibidos pela primeira vez desde que foram recuperados, em 31 de agosto, dois anos após terem sido roubados

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 5.500 pessoas visitaram na última semana o museu Munch de Oslo para voltar a ver "O Grito" e "Madonna", os célebres quadros de Edvard Munch roubados em 2004 e recuperados em 31 de agosto. A elevada freqüência, de 1.110 pessoas por dia, um número que em setembro do ano passado era quatro vezes inferior, se deve ao fato de que a direção do museu decidiu festejar a recuperação com a exposição temporária das duas pinturas antes de serem submetidas a uma restauração de pelo menos um ano. Os quadros ficaram expostos dentro de duas redomas de vidro climatizadas para preservá-las de mais danos. As medidas de segurança também foram reforçadas: "O Grito" e "Madonna" estão em uma sala na qual se entra após passar por uma porta de aço blindada, e equipada com várias câmeras de vídeo que vigiam os movimentos dos visitantes. Roubadas em uma operação relâmpago em 22 de agosto de 2004 por dois homens armados e mascarados, as obras sofreram alguns danos - "O Grito" está amassado no canto inferior esquerdo e "Madonna" tem um raspão e um buraco de três centímetros. De acordo com o diretor interino do museu, Ingebjorg Ydstie, os trabalhos de restauração das duas obras se prolongarão por pelo menos um ano. Em 22 agosto de 2004, três assaltantes mascarados, um deles armado com uma pistola, retiraram as obras das paredes do museu, saíram do local e escaparam em um carro roubado. Pouco tempo depois do roubo, o museu foi fechado para revisão dos sistemas de segurança já que os alarmes e as câmeras de vigilância não foram capazes de impedir a ação dos ladrões. Até fevereiro de 2007, data fixada para a audiência do julgamento em um tribunal de Oslo dos supostos autores do roubo, não se conhecerão detalhes sobre o processo de recuperação das obras. Em 1893, Munch (1863-1944) pintou duas versões de "O Grito", sua obra mais famosa. No mesmo ano, o artista criou cinco versões de "Madonna", que mostra a figura de uma mulher, alegoria de Nossa Senhora, com os seios descobertos e uma longa cabeleira negra que cai sobre seus ombros.

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