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Museu exibe friso do altar de Pergamon

Criado há 23 séculos, o friso de mármore do altar de Pergamon tem cenas mitológicas de deuses gregos, e foi restaurado a um custo de US$ 2,8 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de uma década de trabalhos de restauração, um museu berlinense apresentou hoje o friso de mármore do altar de Pergamon, criado há 23 séculos, e que constitui a peça central de sua coleção arqueológica. O friso de 113 metros de largura decorava as paredes de fora do altar que foi construído entre 197 e 156 a. C. Fragmentos do friso foram encontrados por um engenheiro alemão no povoado turco de Bergama, em 1864. As peças tinham sido desmanteladas e utilizadas para construir as paredes de uma fortaleza. O friso contém cenas mitológicas de deuses gregos como Atenas, Zeus e Artemisa, lutando contra gigantes, leões e serpentes. "O altar de Pergamon nunca pareceu tão formoso", disse em entrevista coletiva à imprensa, Gertrud Platz, a diretora municipal de antigüidades. A restauração custou ao Museu de Pergamon o equivalente a US$ 2,8 milhões e foi realizada em parte graças a doações do Museu de Belas Artes de São Francisco e ao Metropolitan de Nova York, entre outras instituições. Os painéis de mármore, que pesam cerca de 2,5 toneladas e medem 2,3 metros de altura, foram desmontados, limpados, restaurados e depois remontados em frente a um fundo de pedra. O engenheiro Carl Humann descobriu o friso em 1864 e começou as escavações no local em 1878. Com a anuência do governo turco, o friso foi enviado para a Alemanha, onde foi reconstruído durante um período de 20 anos. Durante a 2.ª Guerra Mundial o friso foi armazenado em um refúgio subterrâneo e depois transportado para a União Soviética, onde ficou retido até sua devolução para a Alemanha em 1958. A Turquia não pediu sua devolução.

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