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Museu de Lisboa exibe obras da dupla osgêmeos

Por AE
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Os artistas plásticos paulistanos osgêmeos abriram na semana passada, no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, a mostra "Pra Quem Mora Lá, O Céu É Lá", com obras dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, em cartaz até setembro. "É a nossa primeira vez num museu", conta Gustavo. No ano passado, a dupla mostrou sua produção do lado de fora da Tate Gallery, em Londres.São duas salas com suas obras. Na primeira, do lado direito, há três pinturas. Do lado esquerdo, uma instalação com caixas de som com bocas, olhos e ouvidos pintados e na frente instrumentos que podem ser tocados por qualquer visitante - guitarra, baixo, bateria e teclado.Na outra sala, dois painéis ocupam toda a parede, com 6 metros de altura por 16 comprimento. De um lado, portas velhas pintadas cada uma com tema diferente. "As portas estão relacionadas com o passar para outro patamar", explica Gustavo. Na parede do outro lado, há o que os dois chamam de chão: uma base com tábuas e portas com pinturas diversas. Presas na parede, a uns 4 m de altura, estão duas pequenas casas deitadas. No fundo da sala, uma pequena casa, com um quarto que tem cama com travesseiro. As paredes e o teto são espelhados. Um ambiente convida a sentar ou a até deitar na cama.Segundo o curador da exposição, o francês Eric Corne, as pinturas fazem uma mistura de estilos brasileiros. "São obras que sintetizam muitas experiências: a cultura hip-hop, a arte primitivista do País e algumas das pinturas lembram Guignard, Volpi e Portinari."Vindo do grafite, os dois irmãos se irritam quando alguém fala que estão trazendo essa forma de arte para os museus. "Não tem nada a ver. O que está na rua é da rua. A gente não concebe as obras da mesma forma. O grafite tem que manter o clima de rua, o anonimato", diz Corne. É a segunda vez que eles estão em Portugal. Em 1997, na primeira viagem, deixaram uma pintura no muro de uma escola em Carcavelos, a 15 quilômetros de Lisboa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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