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Museu da Casa Brasileira é tema de livro

Iniciativa integra a coleção do Banco Safra Museus Brasileiros, que faz um mapeamento de museus e instituições culturais de todo o País

Por Agencia Estado
Atualização:

Em 1982, o Banco Safra escolheu o Museu de Arte de São Paulo (Masp) para dedicar o primeiro volume da série de livros Museus Brasileiros. Hoje, passadas duas décadas e 21 livros editados, o banco acaba de lançar neste mês sua mais recente publicação tendo como tema o Museu da Casa Brasileira, casarão neoclássico abrigado na Avenida Faria Lima que reúne uma importante coleção de móveis e objetos de decoração de um período que compreende os séculos 17 e 20. O Banco Safra fez uma edição de 12.500 exemplares da obra, uma iniciativa que tem o apoio da Lei Rouanet. Com a série, o Banco Safra mapeia museus e instituições culturais de todo o País. "Sentimo-nos realizados por haver contribuído para que, efetivamente, os museus brasileiros cumpram seu papel de integrar a arte e o público. Felizmente, o Instituto Cultural Safra é uma referência, um exemplo do quanto é importante a parceria da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos culturais", afirma Carlos Alberto Vieira, presidente do Banco Safra. A série de livros tem seus exemplares distribuídos por diversas instituições, escolas, bibliotecas, representações diplomáticas, embaixadas brasileiras e personalidades ligadas à cultura. Mas além da distribuição, outra iniciativa do banco é entregar parte da tiragem para que o próprio museu venda os exemplares e arrecade fundos. Como conta a diretora do Museu da Casa Brasileira, Marlene Milan Acayaba, o Banco Safra disponibilizou uma cota de 1.200 livros para ser vendida no local. A atual diretora também afirma que o preço de R$ 50,00 foi estipulado pelo Museu da Casa Brasileira e que o dinheiro a ser recolhido - um total de R$ 60 mil - será destinado à manutenção e conservação das obras de seu acervo. A autonomia "absoluta", como caracteriza Marlene, que está há oito anos na administração do Museu da Casa Brasileira, pode ser percebida no modo como foi realizada essa publicação. O Banco Safra apenas procurou a direção do museu para propor o projeto e permitiu que Marlene participasse de toda a organização dos textos e fotos do livro, um trabalho que durou cerca de oito meses. Além de assinar o prefácio, foi ela mesma quem convidou os historiadores José Wilton Guerra e Maria Helena Brancante, a diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Maria Ruth Amaral de Sampaio, a arquiteta Gloria Bayeux, a editora da Revista Arc Design, Maria Helena Estrada, e a presidente da Sociedade de Amigos do Museu da Casa Brasileira, Délia Beru, para escreverem os textos do livro. Marlene também ajudou a selecionar as 167 fotografias coloridas da edição realizadas por Rômulo Fialdini - aliás, o responsável pelas imagens de todos os 21 volumes da série. A grande vantagem dessa publicação é chamar a atenção do público para o museu. "O acervo singular, já que não se trata de um acervo pictórico, mas de móveis, fica valorizado com esse livro", diz Marlene que pensa em deixar seu cargo. Vale dizer que, na verdade, há poucas pinturas na coleção. A casa projetada na década de 40 para ser a residência do ex-prefeito de São Paulo, Fábio da Silva Prado, e de sua mulher, Renata Crespi da Silva Prado, foi doada ao governo do Estado de São Paulo, tornando-se museu na década de 70 com o objetivo de catalogar, conservar e expor móveis, alfaias e objetos da Coleção Crespi Prado e, também, de ser um centro de pesquisa sobre a casa brasileira. Mais tarde, na década de 80, o design e a arquitetura foram incorporados no campo de trabalho do museu. Foi em 1986 que foi instituído o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira e em 1993, o Prêmio Jovens Arquitetos. A série de livros, que tem uma tiragem total de cerca de 280 mil exemplares, já se dedicou ao Museu de Arte Sacra da Universidade de São Paulo (USP); Museu Paulista da USP; Museu Nacional de Belas Artes; Museu Paraense Emílio Goeldi; Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia; Museu de Valores do Banco Central do Brasil do Rio e Distrito Federal; Museu Histórico Nacional; Museu de Arte Contemporânea da USP; Museu Lasar Segall; Museu Imperial de Petrópolis; Palácio Itamaraty (Brasília e Rio); Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu da Inconfidência; Museu Castro Maya; Museu de Arte da Bahia; Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu do Homem do Nordeste; e Museu de Arte do Rio Grande do Sul.

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