23 de abril de 2010 | 00h00
São reflexões de João Pedro Stédile, a cabeça pensante do MST. Com aliados assim, será que a Dilma precisa de adversários?
Que entendidos são esses? Cubanos? Venezuelanos? Dos Emirados Sáderes ? Lá no "Império", no Japão e em partes da Europa, quase todo mundo tem banda larga, e há décadas a TV aberta perde espectadores, sim, mas para os canais por assinatura - que não podem ser vistos de graça na internet. Mas os milhões que assistem ao casal maravilhoso das 8 e meia também já podem vê-lo no celular e no laptop, além da boa e velha TV, agora em alta definição, e breve em 3-D.
E de que serviriam todas as televisões do mundo para quem não entenderia as línguas e nem conseguiria ler as legendas, se as houvesse? Mesmo com banda larga de graça, eles teriam que escolher entre a Globo, SBT, Band, RedeTV! e Record, ou a RTP afro-lusitana, já que a TV Brasil ninguém vê.
Vamos contar um segredo a ele: os maiores interessados na universalização da banda larga são as grandes empresas de comunicação, produtoras de conteúdo para TV aberta, a cabo, celular, internet e o que mais vier. Desconfio que o arguto Stédile entendeu mal essa "grande sacada do Franklin Martins", que pode até ser polêmico, mas de burro nunca foi chamado.
Pensando bem, a sacada pode ser muito boa. Para Cuba. Se lá universalizarem a banda larga, a ditadura não dura uma semana.
Mas, francamente, imaginar José Serra de cabelo em pé só pode ser um delírio. Talvez o companheiro Stédile estivesse pensando em outro José, o neocabeludo Dirceu, este sim, um grande interessado na banda larga estatal: os fios justificam os meios.
Encontrou algum erro? Entre em contato